terça-feira, dezembro 31, 2002

Um blog que descobri há algumas semanas e ainda não tinha citado aqui: A Cobaia, escrito por um rapaz de 17 anos que sabe usar as palavras de uma forma que muita gente "mais velha" não sabe. A visita vale (e muito) à pena!!!!
Eu não me animo com a mudança de ano, com essa história de que agora tudo será diferente só porque muda o ano, o qual é uma coisa totalmente arbitrária.
Mas tenho grandes esperanças com relação a mudança de presidente. Não acho que a era FHC tenha sido péssima, nem que Lula é o salvador da pátria, mas acredito que o PT possa realizar mudanças importantes para o Brasil. Mas não vai ser fácil...
Também me animo com a mudança de layout do meu pseudobloguinho. Eu já vinha pensando em mudar, mas com meus parcos conhecimentos html e webdesing em geral não fazia idéia de como fazer. E acabei ganhando isso de presente. Ficou lindo!!!!! Nem sei como agradacer a surpresa que o magisterX fez, com "palpites" da Cinderel@. Obrigada!!!!!! :-)

Por hora me rendo ao clima e desejo a todos um Feliz Ano Novo e que esta seja uma noite divertida para todos!!!

E um bom Dia da Paz Universal!!! Essa sim é uma data interessante, que deveria ser mais explorada...

sábado, dezembro 28, 2002

Eu vi um filme...

O filme do meio

"As Duas Torres" é, sem dúvida nenhuma, o filme do meio da trilogia "O Senhor dos Anéis". E Peter Jackson parece ter assumido essa condição do filme. Ele começa sem grandes explicações, pois as explicações iniciais estão no primeiro filme e deixa grandes questões (como quem será a "ela" sobre quem Gollum fala no final, até quem leu o livro e sabe quem é "ela"sai do cinema morrendo de curiosidade para ver esta que deverá ser uma grande seqüência de "O Retorno do Rei") para o terceiro. Então, se não há explicações, o que resta para esse filme? Aventura, ação, drama, romance, suspense, esses elementos básicos de qualquer história. E todos esses elementos são bem desenvolvidos no filme. A guerra entre o mal (encarnado por Sauron e Saruman) e o bem (todos os seres que se unem para lutar, superando suas fraquezas e diferenças) se torna real e batalha no Abismo de Hellm é uma seqüência grandiosa. A amizade entre Aragorn, Legolas e Gimmli (e também com o hobbits) é o grande emblema da união de todas as raças e seres e isso fica muito claro ao longo do filme. De outro lado, o encontro de Merry e Pippin (que estão mais sérios e responsáveis, mostrando o quanto a jornada está afetando a todos) com os Ents (que têm um aspecto um tanto infantil) também é importante, apesar de ser menos mostrado no filme. A tomada de Isengard pelo Ents é bem retratada, mas o final ficou para o terceiro filme (é, muita coisa ficou para o terceiro filme...). Mas, falta ainda falar de uma das frentes contra o mal, talvez a mais importante, a que corre maiores riscos e, para mim, a mais bela. A jornada de Frodo e Sam até Mordor para destruição do Um Anel é difícil e cheia de obstáculos a serem superados. O principal é o próprio anel que cada vez mais influência Frodo, de tal forma que em determinado momento ele se volta contra o próprio Sam, numa cena que termina mostrando o valor da amizade para que toda a jornada tenha sucesso. Há ainda Gollum, que se revela um personagem em CGI impressionantemente real (há uma atuação importante por baixo dos efeitos especiais e isso conta muito para o sucesso do personagem) e dúbio em seus sentimentos e atos (como quase tudo nesta grande obra). Esta parte da história é a que termina deixando os espectadores curiosos e aflitos pelo próximo (e último) filme. É uma das várias mudanças com relação ao livro, mas todas são feitas para dar maior agilidade e tornar a história mais "cinematográfica". A única que talvez deixe os leitores cismados é a mudança de Faramir, mas essa na verdade é menor do que realmente parece. Faramir não é como Boromir e em nenhum momento clama para usar o anel, apesar de quer que ele seja usado para ajudar seu povo.
Grandes seqüências, atuações emocionantes, pequenos grandes dramas, três histórias formando uma só sendo unidas por um diretor e toda uma equipe que parecem ter imergido na fantasia de "O Senhor dos Anéis". Isso, basicamente, é o que forma "As Duas Torres". Talvez não seja um filme tão bom quanto "A Sociedade do Anel" porque aquele foi espetacular, mesmo assim é um grande filme. Se o ano de 2002 começou cinematograficamente bem, não poderia terminar melhor.

terça-feira, dezembro 24, 2002

Simples e funcional:

Feliz Natal!!!!!

HoHoHo!!!!!
Have Yourself a
Merry Little Christmas


Have yourself a merry little Christmas.
Let your heart be light,
From now on our troubles
Will be out of sight.

Have yourself a merry little Christmas,
Make the Yule-tide gay,
From now on our troubles
Will be miles away.

Here we are as in olden days,
Happy golden days of yore,
Faithful friends who are dear to us
Gather near to us once more.

Through the years
We all will be together
If the Fates allow,
Hang a shining star
On the highest bough,
And have yourself
A merry little Christmas now.


Para entrar ainda mais no clima natalino, ouça o midi desta e de outras músicas tradicionais (americanas, mas nosso Natal é baseado no deles e eu adoro as músicas, até porque a maioria tem alguma base no jazz) nesta página que vale a visita: http://www.always-safe.com/merrylittle.html

sábado, dezembro 14, 2002

Eu guardo músicas na gaveta. Quando ouço algo que gosto muito mas que sei não ter nada a ver com o momento que estou passando, mas espero que um dia tenha tudo a ver. Esse é o tipo de música que "guardo na gaveta", músicas que ficam à espera de um momento. E essa é uma das músicas que guardo na gaveta...

For Once in My Life
Stevie Wonder

(Written By: Ron Miller/Orlando Murden)

For once in my life
I have someone who needs me
Someone I needed so long
For once unafraid
I can go where life leads me
And somehow I know I’ll be strong

For once I can’t touch
What my heart used to dream of
Long before I knew
Ooh, ooh, ooh, someone like you
Would ever dream of makin’ my dreams come true

For once in my life
I won’t let sorrow hurt me
Not like it’s hurt me before, oh
For once I have something I know desert me
‘Cause I’m not alone anymore

For once I can say
This is mine, you can’t take it
Long as I know I’ve got love I can make it
For once in my life
I’ve got that someone who needs me
Mmm...hmm...hmm...

For once I can say
This is sho’ nuff mine, you can’t take it
Long as I know I’ve got love I can make it
For once in my life
I’ve got that someone who needs me

Oh, yes, he does
I’ve got that someone who needs me
He told me this mornin’ that he needed me
Mmm...mmm...I believe
Pergunta: Será que não podemos esperar o senhor Luís Inácio assumir o posto de Presidente da República para começar a criticá-lo?

Começo a achar que muitos votaram nele não por acreditar em mudanças, me melhoras, mas por que imaginavam que tudo poderia ficar pior e assim teriam mais assunto para reclamar.

Esquecemos que o país somos nós, e não um único homem...
Há algo em mim querendo se render ao espírito "And so this is Crhistmas and what have you done?" mas estou tentando lutar contra isso. Não gosto de finais, incluindo finais de ano. É uma pena que a Igreja tenha decidido colocar o Natal em dezembro, seria melhor que fosse no meio do ano. Imaginem, as pessoas parariam para festejar no meio do ano, todas essas reflexões sobre ajudar o próximo seriam feitas em julho e talvez assim todos passariam mais tempo refletindo. Mas do jeito que é você passa o "ano" (essa unidade de tempo arbitrária) fazendo o que bem entende com sua vida, seu dinheiro, com as pessoas ao seu redor, sabendo que no final você vai poder se redimir. Vai comprar presentes para todos, doar alguma coisa para os mais pobres, fazer promessas de ano-novo que, como típicas promessas de ano-novo, nunca serão cumpridas. Até porque é verão no hemisfério sul, é tempo de aproveitar a vida (que deveria ser aproveitada a todo o tempo, não apenas numa determinada estação), daqui a pouco é carnaval e depois vem março, começa tudo de novo e você não terá tempo de pensar em promessas, de aproveitar a vida ou de pelo menos pensar sobre isso tudo. Por isso, apesar de gostar do Natal, estou disposta a não me render ao clima. Até porque, como dizia essa música de comercial de fim de ano...

Todo dia devia ser igual
Todo dia devia ser Natal
Você ia gostar
se a vida fosse assim
Você daria mais sorrisos
e o Natal não teria fim

Olhe para frente
e pense como seria bom
se todo dia fosse
mais um dia de Natal
Você ia gostar
e a vida ia ser ser melhor

Todo dia devia ser igual
Todo dia devia ser Natal
Todo dia devia ser Natal
A Volta dos mortos-vivos...

Volto, mesmo que seja para escrever apenas que não sei o que escrever.

domingo, novembro 17, 2002

E depois de meses a base de (poucos) filmes do cinemão americano, finalmente eu assisti algo diferente e que me fez escrever...

Não deixem de ver esse filme!!

Fale com ela

É difícil escrever comentários quando muitos já o fizeram. A tendência de repetir o que já foi dito, de perecer um (imperdoável) plágio, é enorme. Mas "Fale com ela" é um filme que nos instiga a falar sobre ele, mesmo que correndo riscos. É um filme cheio de emoção, apaixonado e apaixonante, que fala sobre amor (do mais doentio, mas ainda assim amor, ao mais resignado, contido e racional), paixão e tragédias de forma sincera, real e ao mesmo tempo poética.
Se pensarmos na base da história - os laços que unem duas mulheres em coma num hospital e os dois homens que cuidam delas - facilmente imaginamos um dramalhão piegas de sessão tarde, pela carga dramática que permeia todo o filme. Mas o roteiro e a direção de Almodovar (e ainda o ótimo elenco) se utilizam das tragédias, das situações-limite e mesmo das situações caricatas (como a do filme mudo) para falar das emoções reais, das relações reais, dos dramas reais. Mais do que tudo, fala sobre a solidão real, da necessidade que temos de encontrar alguém com quem dividir nossa vida, nosso pensamentos, nosso eu. E da dificuldade que existe para encontrarmos essa tal pessoa, pois ao querermos dividir a nossa existência temos de estar preparados para aceitar parte da existência do outro.
É difícil não chorar durante todo o filme, tal é a carga emotiva que envolve o espectador em cada cena. Talvez a mais bela seqüência do filme, talvez uma das mais belas dos últimos tempos, seja a da primeira tourada quando Lidia enfrenta o touro como se duelasse com o homem por quem é apaixonada (que está na platéia) ao som de "Por toda a minha vida" de Jobim e Vinícius (por sinal, a trilha sonora é linda do início ao fim...). Quase impossível não se emocionar, não sentir a paixão e o sofrimento da personagem...
Por fim, eu achava que "Tudo sobre minha mãe" era a obra-prima de Almodovar, que depois dele todos seus filmes pareceriam "menores". Ledo engano, pois este "Fale com ela" é no mínimo tão bom quanto o anterior, talvez só não seja melhor porque aquele já foi, como dito por muitos, uma obra-prima.

sábado, novembro 09, 2002



Eu sou o símbolo
do I-ching




que símbolo você
é?




Achei esse teste a partir do blog da Cinderela. Resultado perfeito!! Na verdade um dos meus problemas é pensar demais. Eu poderia falar sobre isso, dissertar ou algo do tipo, mas tenho de estudar!! E por isso esse pseudoblog anda tão jogado às baratas (por certo se houvessem aranhas virtuais, daquelas pequeninas e magrinhas que fazem teias nos cantos de casa onde não temos saco de limpar e sempre achamos que ninguém olha mesmo, assim como existem vírus virtuais, haveriam umas aranhasinhas nos cantos desse blog). Eu até tenho tido o que escrever, um ou outro pensamento que vem à cabeça, uma consideração sobre filme que poderia virar uma crítica (não que ande assistindo muitos filmes, mas dos pouquíssimos que assisti tive algum comentário a tecer), ou então falar sobre o fato de que os "vermelhos comedores de criancinha" chegaram ao poder ou lembrar do centenário de Drummond colocando aqui um dos meus poemas favoritos dele. Mas eu tenho escolhido estudar (e trabalhar também, diga-se de passagem). Espero que dê resultado, mas também se não der eu garanto que, de qualquer forma, entre o final desse ano e o início do próximo passo a aparecer mais no meu próprio blog!

Para terminar bem, termino fazendo uma daquelas coisas que gostaria de ter feito. Posto um dos meus poemas favoritos do Drummond...

O Elefante
de Carlos Drummond de Andrade

Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos móveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
é a parte mais feliz
de sua arquitetura.

Mas há também as presas,
dessa matéria pura
que não sei figurar.
Tão alva essa riqueza
a espojar-se nos circos
sem perda ou corrupção.
E há por fim os olhos,
onde se deposita
a parte do elefante
mais fluida e permanente,
alheia a toda fraude.

Eis o meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê em bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores de pano
e nuvens, alusões
a um mundo mais poético
onde o amor reagrupa
as formas naturais.

Vai o meu elefante
pela rua povoada,
mas não o querem ver
nem mesmo para rir
da cauda que ameaça
deixá-lo ir sozinho.

É todo graça, embora
as pernas não ajudem
e seu ventre balofo
se arrisque a desabar
ao mais leve empurrão.
Mostra com elegância
sua mínima vida,
e não há cidade
alma que se disponha
a recolher em si
desse corpo sensível
a fugitiva imagem,
o passo desastrado
mas faminto e tocante.

Mas faminto de seres
e situações patéticas,
de encontros ao luar
no mais profundo oceano,
sob a raiz das árvores
ou no seio das conchas,
de luzes que não cegam
e brilham através
dos troncos mais espessos.
Esse passo que vai
sem esmagar as plantas
no campo de batalha,
à procura de sítios,
segredos, episódios
não contados em livro,
de que apenas o vento,
as folhas, a formiga
reconhecem o talhe,
mas que os homens ignoram,
pois só ousam mostrar-se
sob a paz das cortinas
à pálpebra cerrada.

E já tarde da noite
volta meu elefante,
mas volta fatigado,
as patas vacilantes
se desmancham no pó.
Ele não encontrou
o de que carecia,
o de que carecemos,
eu e meu elefante,
em que amo disfarçar-me.
Exausto de pesquisa,
caiu-lhe o vasto engenho
como simples papel.
A cola se dissolve
e todo o seu conteúdo
de perdão, de carícia,
de pluma, de algodão,
jorra sobre o tapete,
qual muito desmontado.
Amanhã recomeço.

terça-feira, outubro 22, 2002

Touro 22/10/2002

Por mais que você sinta um grande poder fluir pelo seu espírito e isso sirva para que sua alma sinta uma segurança fora do comum, lembre que em última instância nada é destino fechado, tudo deve ser escolhido.


Que tipo de previsão é essa???

Sabem, a vida às vezes parece injusta.

Quando vemos alguém perder uma chance que merecia mais do que qualquer outra pessoa, essa é sensação que temos. Muitas vezes parece que vale mais desistir dos seus ideais, daquilo que você realmente ama e acredita, para apenas fazer como os outros e enterrar a cabeça na areia. Para que se dedicar e tentar fazer diferente se, no final, sai ganhando quem apenas seguiu a maioria, quem enxergou tudo como uma simples prova e não como uma grande escolha de vida...

Mas, talvez a vida não seja assim tão injusta. Talvez os caminhos é que sejam um tanto ao quanto tortos, de forma que não conseguimos avistar muito bem o que vem depois da próxima curva (que deve ser um belo campo ensolarado ou uma linda praia ou, melhor ainda, um ótimo hospital onde meu amigo Eduardo possa fazer uma grande residência em Ortopedia...).

sábado, outubro 19, 2002

Touro 19/10/2002

É legítima a vontade de viver no maior prazer possível, é seu pleno direito realizar esse objetivo. Contudo, seria uma pena que você se confundisse com ilusões porque elas, em vez de criar prazer, geram desilusão.
Quiroga


Por alguma razão eu sempre gostei do título brazileiro e do filme "De ilusão também se vive". Ainda tenho muito a aprender, muito para mudar, um grande círculo vicioso para quebrar.

sexta-feira, outubro 18, 2002

Às vezes parece que a vida precisa de um novo roteiro. Certos momentos parecem meros replays, reapresentações de capítulos ou cenas. E o problema é que não são exatamente os "melhores momentos".

A sensação é a de vivemos num círculo vicioso, repetindo os mesmos erros por mais que tenhamos consciência deles. Achamos que estamos fazendo diferente, mas no final (quando tudo dá errado) olhamos para trás e descobrimos que nada mudou muito. O resultado já era previsível para qualquer um que conhecesse a história prévia. O roteiro era basicamente o mesmo.

Não adianta ter consciência do que queremos mudar, porque não vivemos a nos policiar quanto a nossos atos, quanto a nossa vida. As mudanças têm de ser mais profundas, inconscientes, só assim passamos a agir de forma realmente diferente, pois passamos a pensar e sentir diferente.

A mudança do roteiro não pode ser obrigada e artificial, tem de ser original e real...


Mais um período sem escrever e eu ainda volto com um tema pessoal. Preciso me lembrar que um blog deve ser algo além de um diário...

Mas no momento isso é tudo que tenho para escrever...

domingo, setembro 29, 2002

Utilidade Pública

O Festival do Rio está aí!!!

Cinema para todos os gostos e estilos até dia 10 de outubro. Não dá pra não aproveitar...

(Mesmo que seja só um ou dois filminhos desconheidos, que deve ser o máximo que eu vou conseguir esse ano.)
Pequena explicação

A colega que saiu carregada do baile não teve nada de grave. Apenas se excedeu na bebida (e eu cheguei a avisá-la antes...). O pior é que no dia seguinte ela não tinha nenhuma lembrança de ter estado nos braços que eu tanto ansiei. Vai entender....
"Quem sabe eu ainda sou uma garotinha
Esperando o ônibus da escola sozinha
Calçada com minhas meias 3/4
Rezando baixo pelos cantos por ser uma menina má"


Na mensagem da colação que escreveram para mim fui comparada à madre Tereza de Calcutá, o que, evidentemente, é um exagero sem proporções. Um amigo costuma me chamar de "smurfete" por sempre querer ver o melhor em todos, como que vendo o mundo por lentes azuis. Ao mesmo tempo ele diz que eu sou uma "falsa boazinha". Ele está certo...

Sempre existe um lado bom e um lado mal, no mínimo. O que nos define são as escolhas que fazemos, de preferência de forma consciente. O que não significa que tenham de ser escolhas completamente racionais. Podemos fazer escolhas movidas por sentimentos como a paixão e mesmo assim termos consciência da escolha que estamos fazendo. Sabemos existir um outro caminho, melhor ou pior, tanto faz, o importante é sabermos que estamos fazendo uma escolha, que não é a vida (ou o destino ou qualquer outra força motriz) que está nos guiando cegamente.

O bom de fazermos nossas escolhas é que podemos reavaliá-las, podemos nos auto criticar e, quem sabe assim, mudarmos (de preferência para melhor). E essa capacidade de de nos sentirmos senhores de nosso destino não diminui a importância do mesmo destino em nossas vidas. A vida vai continuar nos surpreendendo de qualquer forma. Na verdade, o fato de fazermos escolhas não nos faz "senhores de nossas vidas", essa é apenas uma forma de termos uma parte da responsabilidade. A vida, o destino, Deus, ou qualquer outro nome que queiram dar, sempre será maior, a força motriz.

E isso é o mais incrível. As surpresas, as segundas chances, descobrir de repente que aquilo que você considerava perdido tem alguma salvação. Pode ser uma amizade que tomou rumos estranhos e aparentemente sem volta (mas, surpresa!! Talvez haja chance de recuperação...), pode ser um momento ou relacionemaneto que você jurava que não daria certo, mas no final das contas se tornou inesquecível. Claro que também pode ser o contrário, aquilo que você achava que não tinha como dar errado, quando você tinha "certeza" de que tinha feito as escolhas certas, e no final não "deu certo".

Mas, talvez sinplesmente esse ainda não seja o final. Talvez, só talvez, o final seja o momento em que tudo dá certo. Isso porque talvez (e só talvez) o destino jogue dados a nosso favor...

Eu escolho acreditar nisso e acho que é por isso que sou uma "falsa boazinha". Porque sei que existe uma outra forma de ver e entender a vida, mas na maior parte do tempo eu escolho a lente azul, mesmo sabendo que existem outras lentes...

Divagações...

domingo, setembro 22, 2002

Agradecimento

Patrícia e Marcelo, obrigada pelas mensagens sobre a formatura e pelo presente que eu ainda nem tive tempo de ver... E desculpe-me por estar sendo tão relapsa...
"Inveja não mata, mas manda pro Miguel Couto."

Frase poferida pelo meu amigo Raphael, com base nos meus relatos dos contecimentos do baile de formatura...
Touro 22/09/2002
Será necessário você superar o medo de colocar seus recursos na mesa do jogo, porque sem isso nada acontecerá e você se arriscará a entrar num beco sem saída. O medo não é arauto de desastres, é sinal de grandeza.
Quiroga

No dia do baile da minha formatura, que foi na sexta (20/09), a previsão era o clássico: Cuidado com seus desejos, eles se realizarão! Duas pessoas que eu queria muito que estivessem lá foram. No final das contas não foi exatamente como eu queria, mas eles foram, então, parte do desejo se realizou.

Hoje a "previsão" fala de medo e me faz pensar sobre o fato de que eu poderia ter sido mais ousada... A colega que "ganhou" quem eu queria ter ganho (aquele velho professor, que eu fiz questão absoluta de pedir que fosse à festa...) foi ousada. Fez por onde merecer o prêmio. Mas eu fiquei com a consciência pesada depois. Invejei-a quando a vi nos braços dele, admito publicamente. E tempos depois ela me sai carregada da festa, direto para o hospital. A frase que me veio à mente no momento em que a vi foi a clássica "Inveja mata". Ela ficou bem e ontem à noite ainda ganhou um telefonema do professor... (adendo: eu dei o telefone para que ele ligasse.)

Mas, a parte disso, o baile foi muito bom. Mas não chegou a ser comparável a Colação de Grau, pois esta foi incrível! Não foi perfeita, nada é, mas as coisas boas superaram de longe os erros, de tal forma que se transformou num dos grandes momentos da minha vida. Foi alegre, divertido, emocionante. Eu sempre soube que esses anos de faculdade eram alguns do melhores da minha vida (de uma forma profética meu pai me disse isso quando fui aprovada no vestibular) e a cerimônia de colação foi como uma coroação desses anos. Não sei como descrever, mas o fato de que não chorei durante toda a cerimônia diz muita coisa. Eu sou muito emocional, choro fácil em momentos emotivos, mas durante a cerimônia, que foi uma verdadeira festa, estava tão feliz e alegre que nem chorei. Talvez tenha sido a tal energia, o astral, algo que não permitiu que a melancolia se instalasse naquelas horas. Em compensação, até hoje (e provavelmente por vários dias ainda) tenho vivido à beira das lágrimas, pois a todo momento me vem à mente as imagens desses últimos incríveis dias. O culto ecumênico, que foi na quinta-feira, também foi bonito e surpreendente, pois alguns imprevistos haviam colocado em dúvida se ele daria certo.

Enfim, 18, 19 e 20 de setembro foram três dias memoráveis da minha vida. Se eu pudesse desejar algo seria que a vida de todos fosse povoada de momentos incríveis como esses foram para mim...

"Memories are made of these..."

domingo, setembro 08, 2002

Em resposta ao comentário da Cinderela...

Ando bastante atarefada com a vida dita real. A última semana foi passada sob a ansiedade de me tornar oficalmente uma médica. A ansiedade passou na últimasexta-feira, 6 de setembro, quando recebi meu diploma da faculdade e ainda uma carteira e um número que oficializam o fato de que agora o nomedesse blog (M.D.) tem porque real de existir: sou uma doutora, para o bem e para o mal (espero que só pra o bem... mas sei que tudo tem pelo menos dois lados...).

A ansiedade passou mas a vida ainda urge! Estudo para as provas de Residência, preparativos para a colação (18 de setembro, a prti das 19:00h, no Rio Centro), continuação dos estudos para ser uma boa médica psiquiatra. Parece pouca coisa, mas eu sou desorganizada o bastante para fazer uma confusão com pouco. E ando querendo fazer muitas coisas, de forma que assumo mais compromissos do que precisaria. Mas estou gostando. E espero que tudo de certo!!

Ah! Nem tenho ido ao cinema e no momento isso é quase um detalhe...

domingo, setembro 01, 2002



What Was Your PastLife?

Deve ter alguma coisa a ver, já que a mensagem que meus amigos escreveram para a colação de grau começa com "Ela filosofou durante toda a faculdade." ....

domingo, agosto 25, 2002

Com a exibição do episódio "A Verdade", na próxima quarta, às 22h, no canal Fox, encerra-se de forma nada honrosa um dos ciclos mais criativos da TV. "ArquivoX", antes um marco, hoje é uma caricatura. Nas últimas temporadas, a série foi vítima dos clichês que criou, da voracidade por bons índices de audiência e até dos próprios fãs.
Quando surgiu, em 1993, ela ia na contramão do sucesso fácil. Fox Mulder (David Duchovny) era magrelo, narigudo e bobão. Dana Scully (Gillian Anderson), baixinha, acima do peso e mal vestida. Os temas? Sobrenatural e ficção científica.
O fracasso era previsível, mas, em poucos anos a série passou de cult a fenômeno. Foi aí que as coisas começaram a degringolar. O elenco ganhou um figurino de primeira, maquiagem decente e outros privilégios advindos dos patrocinadores. E o público passou a pressionar os produtores por um relacionamento amoroso entre Fox e Dana.
Depois de ganhar os cinemas, em 1998, o charme de trabalhar com respeito temas que cairiam facilmente no ridículo, sempre fugindo do óbvio e se esquivando da solução definitiva dos casos, deu lugar a uma tentativa de responder às perguntas abertas pelas conspirações e aliens do imaginário "X". Lentamente, sepultaram o fascínio. A cada revelação bombástica, as respotas eram menos interessantes, previsíveis, contraditórias.
Nos bastidores Duchovny, prevendo a derrocada, exigiu aparecer cada vez menos, forçando os roteiristas a medidas deseperadas como sua substituição pelo agente Dogget (Robert Patrick). Até tentaram introduzir uma nova agente para que o casal central fosse trocado numa possível nova temporada. Não deu certo. A série acaba deixando saudades de seu início, onde ainda era possível acreditar que havia vida inteligente. Não no espaço, mas na televisão.
José Aguiar, no caderno TVFolha de 25/08/2002, Folha


É a mais pura verdade...

Há alguns anos atrás seria impossível acreditar que a série que começou como um marco terminaria como um enlatado. Mas foi o que aconteceu. E pensar que no início o Chris Carter dizia que a série teria apenas 5 temporadas. Se tivesse sido fiel a sua idéia inicial teria terminado no auge, teria deixado uma legião de fãs saudosos (e angustiados pela falta de soluções, mas essa era exatamente uma das principais características da série) e teria deixado uma série memorável na história da tv.

Infelizmente a televisão não é um veículo autoral, não existe para que sejam criadas grandes obras. É basicamente um meio comercial, onde o público pagante (telespectadores e anunciantes) tem o poder de decisão. É interessante lembrar que Jornada nas Estrelas, a série clássica, foi um fracasso e mesmo assim é considerada um marco. O sucesso deturpou (ou pelo menos contribuiu muito para isso) "Arquivo X". É uma pena...

It's not a tv series
It's The X Files!

sábado, agosto 24, 2002

Sem dúvida somos seres em evolução.

Não só biologicamente, como prova o fato de sermos obrigados a matar outros seres para nos alimentarmos...

Mas principalmente com relação a nossos sentimentos.

Somos capazes de pensar no próximo, de altruísmos, de discutir o bem da humanidade

Mas somos também escravos das sensações. Do prazer. Somos seduzidos pelo cheiro, por um toque, por uma simples presença, de tal forma que somos capazes de esquecer princípios e crenças.

Nos deixamos envolver como que por uma névoa enebriante, que excita cada poro da pele, cada terminação nervosa.

E o pior, ou não, é temos consciência de que estamos sendo seduzidos, mas ao mesm tempo nos deixamos seduzir. É quase mais forte que nossos valores morais. É algo muito mais primário, selvagem até, que fala direto aos nossos instintos. Mas que também atinge nossas sensações e sentimentos.

É perigoso, às vezes errado, mas delicioso ao mesmo tempo...

Mas Djavan descreve essa sensação muito melhor do que eu.

Outono
Djavan


Um olhar uma luz ou um par de pérolas
Mesmo sendo azuis sou teu e te devo
Por essa riqueza
Uma boca que eu sei não porque
Me fala lindo e sim beija bem
Tudo é viável pra quem faz com prazer
Sedução frenesi sinto você assim
Sensual árvore espécie escolhida
Pra ser a mão do ouro
O outono traduzir viver o esplendor em si
Tua pele um bourbon me aquece como eu quero
Sweet home gostar é atual
Além de ser tão bom

sábado, agosto 17, 2002

Touro 17/08/2002
Preocupar-se é basicamente iludir-se de não haver outra saída a não ser a pior possível. Abra sua alma ao universo e se permita valorizar a intuição, que informa outras opções diferentes daquelas que preocupam.
Quiroga

A estratégia de sempre imaginar o pior é, sem dúvida, válida. Você se prepara para o pior desfecho, dessa forma, se acontecer o pior você não se abalará muito. Se acontecer algo não tão ruim, algo bom, melhor ainda!

Essa é tática usada por pessoas que se dizem "previnidas". Mas na verdade essas pessoas são inseguras, medrosas. E o pior é que elas não têm medo do pior, elas temem o melhor. Porque geralmente quando a sua vida "dá certo", quando os acontecimentos são positivos, ocorrem mudanças.

Por exemplo, você se apaixona. Se as coisas dão certo o objeto do seu afeto também se apaixona por você, dá pistas disso, você responde às pistas e daqui à pouco vocês estão namorando. E você, que antes vivia só, passa a ter alguém. É uma grande mudança na sua vida. Então, lá no início da história, quando você se descobre uma pessoa apaixonada, se você é "previnida", começa logo a imaginar que o outro não se interessa por você, porque essa é a forma de não se iludir. Você fantasia mil cenários em que tudo dá certo, acaba por viver toda história nas suas fantasias (porque esse é um lugar seguro, são só as suas fantasias), mas não acredita quando parece que vai dar certo também no plano real. "Não tem porque ou como dar certo." é o que você diz.

Tem como dar certo, sim! E você merece isso, sim! Mas sua insegurança, baixa auto-estima e seu medo de mudanças não permitem que você acredite nisso. E, sem saber, você muitas vezes acaba se auto sabotando...

E perde mais uma oportunidade de crescer e seguir o caminho da tal felicidade.

quinta-feira, agosto 15, 2002

Hoje o c o n t e x t o está completando 1 ano.

Como escrevi nos comentários de lá, foi um dos blogs que me inspirou a escrever essas coisinhas aqui. O magisterX também já me ajudou muito com o layout e os htmls da vida, além de ter me incluido no mX e ter me incentivado por diversas vezes. E a Cinderela, que eu conheci lá, sempre comenta meus posts e eu adoro os comentários dela!! Só falta eu conseguir conhecer eles dois (são um casal, caso alguém não saiba) no mundo real. ;)

Quantas coisas podem acontecer graças ao mundo virtual...

Parabéns magisterX!!!! E vida longa ao c o n t e x t o!!!
Você acha que já é adulta...

Aí, um belo dia, aquele carinha que você admira sem dar pistas (por que você sabe que não tem nada a ver, que realmente não existem chances, é só uma platonice legal), do nada, mas do nada mesmo, te chama para sentar com ele para tomar Mate Leão e conversar.

A conversa gira em torno de amenidades: se você está feliz, sobre você ter cortado o cabelo e retirado o aparelho ortodôntico, sobre suas escolhas futuras de carreira (e este ítem inclui dicas, conselhos e incentivos), sobre pacientes e sobre você precisar ir mais à praia...

Um bom papo, nada de incrível, não?

Não!!!! Isso já é acontecimento bastante para virar post no seu blog, para você ficar revendo as imagens na sua mente e para fazer esse dia mais animado.

Não significa nada demais, mas aquilo que significa (que o cara te acha uma pessoa legal e não uma aluna chata) já te faz dar uns sorrisos bobos.

E aí você dúvida que já seja realmente "adulta".

Mas quem disse que adultos não podem se sentir bobos em função de eventos irrelevantes (para os outros, é claro) de vez em quando????

domingo, agosto 11, 2002

Errata

A autora deste pseudoblog está desatualizada...

Só hoje percebi o erro que cometi no post sobreo o empréstimo do FMI.

O empréstimo, como todos sabem (agora até eu já sei), foi de 30 bilhões de dólares. Refazendo as contas (simples, meras multiplicações e divisões), são aproximadamente 3 salários mínimos por brasileiro.

O que são 3 salários mínimos? Para os donos do poder não é nada. Para grande parte da população brasileira é dinheiro bastante para até pensar que vive bem...
Touro 11/08/2002

Você não precisa saber nada, você precisa agir. Todas as informações já foram dadas, receber mais significaria congestionar a mente e começar a preocupar-se. Agora é momento de agir com força total e sem pudor.
Quiroga

Então é hora de agir.

Só que eu acho que já estava agindo, ou pelo menos tentando, há algum tempo...

sexta-feira, agosto 09, 2002

O empréstimo

Considerando o Brasil como sendo formado por 170 milhões de brasileiros e considerando o dólar a 3 Reais, cada brasileiro deve, ao FMI, aproximadamente 353 Reais, por esse empréstimo generoso e camarada de 20 bilhões de dólares.

Pensando assim nem parece muito dinheiro, pouco menos de dois salários mínimos. Se todo mundo passar fome por dois meses a gente paga essa dívida (não as outras acumuladas).

Se bem que tem milhares de pessoas que nem 1 salário mínimo ganham. É aí que a coisa começa a ficar complicada...
Cresça e apareça

Um comentário no Cinderela me fez pensar sobre esse tal "crescer"...

Não é um tema novo para mim, sempre pensei sobre isso. Como já escrevi aqui tenho dificuldades com mudanças, e já que crescer é viver uma mudança constante, crescer nunca foi algo simples (cheguei a achar que tinha "Síndrome de Peter Pan", entidade nosológica que nem deve existir). Na verdade, talvez viver nunca tenha sido simples. O que não significa que tenha sido ruim, longe disso. Acho que o problema é que, nas palavras de meus amigos, eu sempre "filosofei demais". Eu vivo a pensar na vida, sem deixar de vivê-la, mas tentando entendê-la para assim (tentar) aprender alguma coisa.

Mas eu estou me perdendo do tema inicial...

Voltando a questão do crescimento, é engraçado como tudo muda dependendo do referencial. Quando você tem 5 anos, pessoas de 13 anos são "adultas". Quando você chega aos 13 descobre que essa idade é muito menos mágica do que você imaginava e que ninguém acha que você é "adulta", a exceção dos seus priminhos de 5 anos. Por essa época você passa a acreditar que a faculdade é a chave de tudo! A partir do momento que você se tornar "universitária", aí sim você será "adulta". De preferência você estará estudando longe de casa, morando numa república, vivendo a vida sem seus pais, curtindo tudo com seus amigos, exatamente como nos filmes americanos (você até leva em conta a possibilidade de trabalhar para não depender do dinheiro dos seus pais). Aí você faz vestibular (sua mãe nem deixa você tentar para fora da sua cidade porque tem "certeza de que você vai passar") e só passa para aquela universidade próxima à sua casa, de preferência no caminho que seu pai faz para ir trabalhar, de forma que ele te dá carona todo dia...

Você então continua achando que ninguém te vê como "adulta" até que um belo dia nota que seus pais estão cobrando quando você vai começar a trabalhar. Você se assusta com isso: trabalhar é para adultos!!! Num outro lindo dia, um de seus priminhos de 5 anos (seus tios são muito férteis e vivem tendo filhos) te chama de "tia": você se apavora!!! Mas o pior de tudo ainda está por vir. Num dia não tão belo você entra numa loja qualquer e o atendente pergunta: O que a senhora deseja??? "É o fim" você pensa. "Estou velha, já me acham uma senhora". Você começa a repensar toda a sua vida, tentando entender em que ponto dos seus 20 e poucos anos você se tornou uma velha. E de repente, se você não estiver assutada demais a ponto de não conseguir raciocinar, você descobre que você não está velha, você apenas se tornou uma "adulta". Se tudo deu certo, em algum lugar dentro de você a meninha de 5, a pré-adolescente de 13 e a jovem de 18 vão estar se orgulhando da adulta que você se tornou, que elas se tornaram.

De repente você descobre que ser "adulto" não é tão glamuroso quanto parecia. Você descobre que tem "n" responsabilidades, que tem de pagar impostos, mas também tem uns direitos interessantes como decidir sobre sua vida, ir aos lugares que você bem entender, ter cheques e cartões de crédito (que podem se tornar fontes de dor de cabeça, uma doença que você considerava "de adulto"). Você descobre ainda como o mundo se tornou amplo, de repente as suas amizades não se limitam a pessoas de idade próxima: você descobre que há vida inteligente, divertida, bonita e interessante depois dos 20 e poucos. (Os caras de 30 e tantos, 40 e poucos não são mais "velhos", "tios Sukita", são potencialmente interessantes...)

Enfim, você descobre que cresceu e nem notou (talvez, se você for como eu, você até notou mas fez questão de fingir que não). Você descobre que ainda é a mesma pessoa que sonhava em ser adulta, que as coisas mudaram, mas não tanto. E o mais importante é que você está aqui, vivendo, crescendo, aprendendo, sofrendo um pouco mas também se divertindo, aproveitando o tempo que lhe foi dado, de preferência, da melhor forma possível...

quinta-feira, agosto 08, 2002

Os sonhos vêm
E os sonhos vão


Sonhos são coisas interessantes. Quando resolvi tentar vestibular para medicina meu sonho era tornar-me uma cientista, na área de neurologia, e estudar os sonhos. A faculdade me levou por caminhos diferentes, mas no final, de certa forma, ainda posso vir a estudar os sonhos, pelo prisma da psicanálise. Mas atualmente esse não é o meu sonho.

Hoje meu interesse pelos sonhos é menos acadêmico e científico.Acho interessante, por exemplo, como de vez em quando sonhamos exatamente aquilo que desejamos conscientemente. A psicanálise deve dizer que no fundo todos os nossos sonhos (falando dos sonhos de quando dormimos, não dos sonhos de quando estamos despertos) representam desejos profundos. Mas esses são profundos e nós muitas vezes não os entendemos. Mas aqueles sonhos que entendemos, aqueles em que desejamos durante o próprio sonho não acordar, estes são ótimos!!!!

É fútil, mas que garota não ficou chateada ao acordar no meio daquele sonho em que tem o armário perfeito, cheio de roupas e sapatos??? E, de preferência, você acorda exatamente no momento em que vai vestir aquela roupa incrível, aquele vestido perfeito, que nem deve existir no "mundo real". Mas os momentos em que você sentiu o que era ter aquele vestido já valeram o sonho. Ótimos também são os sonhos em que viajamos para aqueles lugares que estão "fora de possibilidade financeira", encontramos com aqueles amigos que estão distante, entre outros, já que cada um tem seus desejos mais caros.

Mas talvez o melhor de todos é aquele em que temos o prazer de sonhar com aquele pessoa interessante, paquera, paixão ou amor. Ainda mais se não há nada acontecendo de verdade. Vivemos o dia a fantasiar sobre a pessoa e de repente, á noite, ela também aparece em nossos sonhos. Com o mínimo de sorte, você não acorda antes do beijo, e mesmo se acordar a simples "visita" da pessoa no seu imaginário incosciente já valeu toda a noite e o sorriso no seu rosto ao despertar. ;)

Dream a little dream

terça-feira, agosto 06, 2002

18.75 %

My weblog owns 18.75 % of me.
Does your weblog own you?


Acho que é muito para alguém que anda escrevendo tão pouco...
Touro 06/08/2002
Seja fiel a seus princípios e mantenha a integridade. Usar os mesmos instrumentos que fortalecem seus adversários seria o mesmo que suicidar-se. A integridade e a fidelidade são suas verdadeiras armas. Não se confunda.
Quiroga

Sei que tenho de parar de usar essas previsões, mas essa está ótima.

"Ser fiel a seus valores mais caros" é uma daquelas frases que me acompanham. Ferir seus próprios princípios, deixar-se corromper, é algo que dói muito. Mas ao mesmo tempo é importatnte saber reavaliar estes princípios de quando em quando, é preciso saber criticar a si mesmo, para não parar no tempo, para não virar um "cabeça dura". É um equilíbrio nem sempre fácil...

sábado, agosto 03, 2002

Em tempo

Conheci dois blogs muito legais, graças ao caminhos interrelacionados da internet que nos fazem esbarrar em sites e páginas interessantes durante o percursso virtual de chegarmos a informação que procuramos.

Os ótimos blogs são o Imprensa Marrom e o Joanar. Creio que valem a visita!!!
Touro 03/08/2002
É hora de evoluir! Para isso será necessário superar os limites culturais, que apontam ao dinheiro e à razão como meios de ser “alguém na vida”, enquanto que há outras coisas muito mais importantes acontecendo no coração.
Quiroga

Como já disse eu não acredito nesses horóscopos gerais. Não parece, já que tenho usado muitos nos meus últimos posts, mas é que esses do Quiroga são escritos de uma forma diferente, que não diz nada e ao mesmo tempo diz alguma coisa. E esse alguma coisa sempre tem algo de interessante. O fato de eu não ter muito o que escrever também contribui para esse uso excessivo de previsões.

Quanto ao que acontece no meu coração, bem, tem toda a questão do fim da faculdade, que vem melhorando ao longo do tempo (quem sabe no dia da colação de grau vou conseguir não chorar, acho difícil, mas, quem sabe??). Há a alegria de ter me encontrado com uma profissão. Há uma grande admiração por algumas pessoas e professores com quem tive maior contato esse ano (um professor em especial é ao mesmo tempo objeto de admiração e vítima de transferência, felizmente, para ele, eu sou tímida e tenho baixo auto-estima... ;) ). Há os amigos e pessoas de quem gosto. Acho que é isso que está acontecendo no meu coração...

domingo, julho 28, 2002

Touro 28/07/2002
O véu da ilusão está caindo e faz um estrondo dos diabos. Entretanto, em vez disso se converter em sofrimento, deve, pelo contrário, fazer com que ressuscite a criança que brinca com os acontecimentos.
Quiroga

Sinistro.

Ou talvez não...
Já que eu não ando com tempo ou mesmo inspiração para escrever, coloco aqui palavras de grandes mestres.

Essa música é "bonita demais". Uma daquelas que eu espero um dia ainda poder dizer "essa é a minha música"!!! Uma pena eu não poder fazer a música tocar aqui no blog...

Só Tinha de Ser com Você
(Tom Jobim e Aloysio de Oliveira)


É, só eu sei quanto amor eu guardei
Sem saber que era só pra você

É, só tinha de ser com você
Havia de ser pra você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
Porque ninguém deu pra você
O amor que chegou para dar o que ninguem deu

É, você que é feito de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonito demais

Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

quinta-feira, julho 25, 2002

Ah! O magisterX criou um novo blog da família mX: o divertidíssimo humpf!!!. Quem vem aqui tem de ir lá!!!
De previsões e de letras de música...

Touro 25/07/2002
Tenha a plena intenção de tornar sua vida mais bela e feliz, e prove-a na prática. A felicidade se prova na capacidade de irradiar bons sentimentos às outras pessoas e contagiá-las. Parece difícil, mas é possível.


Li essa "previsão" (na verdade os textos do Quiroga funcionam mais como pílulas de auto-ajuda, é mais um site de auto-ajuda, ou auto conhecimento se preferirem, do que um site de astrologia) e lembrei dessa música do grande Charles Chaplin:

Smile though your heart is aching
Smile even though it's breaking.
When there are clouds in the sky, you'll get by.
If you smile through your fear and sorrow,
Smile and maybe tomorrow,
You'll see the sun come shining through for you.

Light up your face with gladness,
Hide every trace of sadness.
Although a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile,
If you just smile.


E da sua versão brasileira, do também grande Braguinha:

Sorri,
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias, tristonhos, vazios.

Sorri,
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri,
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos.

Sorri,
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz.


Mas essa música é um pouco triste, "deprê". Acho que essa outra talvez tenha mais a ver, por ser mais animada (adorei a página onde encontrei a letra):

Don't Worry, Be Happy
by Bobby McFerrin

Here's a little song I wrote
You might want to sing it note for note
Don't Worry - Be Happy

In every life we have some trouble
But when you worry you make it Double
Don't Worry - Be Happy
Don't Worry - Be Happy now
Don't Worry - Be Happy
Don't Worry - Be Happy

Ain't got no place to lay your head,
Somebody came and took your bed
Don't Worry - Be Happy

The landlord say your rent is late,
He may have to litigate
Don't Worry - Be Happy
Look at Me - I'm Happy
Don't Worry - Be Happy
Here I give you my phone number
When you worry call me, I make you happy
Don't Worry - Be Happy

Ain't got not cash, ain't got no style,
Ain't got no gal to make you smile
Don't Worry - Be Happy

'Cause when you worry your face will frown
and that will bring everybody down
Don't Worry - Be Happy
Don't Worry, Don't Worry - Don't do it
Be Happy - Put a smile on your face
Don't bring everybody down
Don't Worry, it will soon pass, whatever it is
Don't Worry - Be Happy
I'm not worried, I'm happy . .


No final das contas, a mensagem final de todos eles é: Sorria, seja feliz!

Ou ainda, segundo Professor Keating (do maravilhoso Sociedade dos Poetas Mortos):
"Carpe Diem. Seize the day boys, make your life extraordinaries"

(Quantas citações num único post... uma verdadeira salada de referências...)

quarta-feira, julho 24, 2002

Mais diário...

Touro 24/07/2002
Olhe para suas mãos, nelas reside todo o poder que você precisa para mudar o rumo das coisas. Considere o artesanato ser o seu ofício, e dedique-se a construir com suas próprias mãos o destino de grandeza que tanto sonha.

Quiroga

Na prática meu curso de Medicina poderia acabar hoje. Muitos de meus amigos e colegas não vão mais aparecer no hospital neste último mês.

Eu continuarei seguindo como na teoria.

Falta pouco mais de um mês para que até na teoria acabe...

E para que eu continue a construção do meu destino! ;)

domingo, julho 21, 2002

Resultados de testes que acabei de fazer, todos a partir do blog da Patrícia!


:: how jedi are you? ::


Num eu fui o Obi Wan/Ewan McGregor e nesse eu fui o Quing Gon/Liam Neeson. Legal!! ;)


Interessante esse...




E você? É bola de que? por Testelândia


Explicação
O post abaixo é de domingo passado, mas só hoje foi publicado (o interesante é que entrou como se tivesse sido publicado no domingo passado, não entendi...) em função de problemas do blogger e falta de tempo da minha parte para resolver os tais problemas (a resolução, por sinal, foi banal mas eu fiquei achando que era algo complicado...).

Espero ter algo mais para escrever no futuro... :)

domingo, julho 14, 2002

Mais uma vez, uma previsão...

Touro 14/07/2002
Você nasceu no planeta Terra para evoluir, para chegar à hora da morte sendo uma pessoa melhor e maior daquela que era na hora de nascer. O tempo é seu aliado, não o gaste de forma leviana, ele serve para evoluir.

Quiroga

A pseudo-autora desse pseudoblog anda sem tempo para sentar ao computador e escrever algo que seja de mínima relevância para outros.

Espero pelo menos estar usando o tempo de forma produtiva, não leviana. Espero estar evoluindo, de alguma forma...

domingo, julho 07, 2002

Touro 07/07/2002
Tenha em mente que muitas coisas precisam se transformar e que por isso é contraproducente preservá-las. Agora não é hora de se apegar a coisas nem pessoas, seria melhor que você enxergasse o futuro com entusiasmo.
Quiroga

Incrível como essas previsões às vezes acertam em cheio...

quarta-feira, julho 03, 2002

Querido diário...

Mudanças às vezes são difíceis. E algumas pessoas são especialmente sensíveis a elas.

Não que não desejemos (sim, eu estou entre essas pessoas) ou sonhemos com mudanças, mas quando nos vemos tendo de lidar com elas nos perguntamos se não seria melhor continuar como antes. Claro que isso não vale para situações insuportáveis, mas para aqueles momentos em que as mudanças se impõem pelo simples fato de que a vida tem de seguir seu curso e nós temos de passar por novos desafios para crescermos.

O fato de ter plena noção disso não torna menos doloroso o meu processo de despreendimento da faculdade. O fato de ter encontrado dois grandes mestres próximo do final dificulta ainda mais. O fato de ter encotrado um sentido só ágora também não ajuda. Não é não me sinta pronta, até porque, de qualquer forma ainda terei mais dois anos de residência (se passar...), simplesmente é triste partir.

Sempre foi. Fins de ano sempre foram tristes. Aniversários nunca foram muito alegres.

Enfim, eu nunca soube lidar muito bem com os finais (até mesmo de livros e filmes). É fácil quando as coisas ocorrem de forma gradativa, mas quando tem de haver uma ruptura brusca sempre há um momento de tristeza.

E na verdade esse é até um momento adiantado (só me formo em setembro) por outros fatores (me vejo tendo de acompanhar, por interesse meu, o serviço de outra faculdade). Quem sabe assim, pelo menos, no final será menos difícil.

(Tudo seria mais fácil se houvesse residência de psiquiatria na UFF...)

terça-feira, julho 02, 2002

Touro - 2/06/2002

Sobreviver é necessário, viver é imprescindível. Se o tempo todo for dedicado à sobrevivência, isso não vai tornar sua alma feliz, porque no íntimo ela saberá que descumpre sua mais elevada responsabilidade, viver.


Sim, é uma previsão aberta, impessoal, nada determinista, como todas as previsões de horóscopo feitas por signo (previsões têm de ser pessoais, é a única forma de haver alguma chance de acerto). Mas a mensagem é tão bonita (já começa bem, ao se modificar a célebre "Navegar é preciso, viver não é preciso", falando exatamente o contrário) que de nada importa se não é pessoal, acaba se tornando importante para qualquer um que a leia!!

Quem gostar deve visitar o Quiroga!! É cheio de previsões que se tornam pessoais por serem universais.
Corte e Colagem....

: 1/07/2002 06:35 :

c o n t e x t o: francisco cândido xavier...
e o velho chico partiu de nosso convívio...

partiu em um dia de festa para a maioria dos brasileiros. faz sentido. ele não ia querer algo diferente. partindo em um dia de alegria, ele relembra que devemos celebrar a vida, a existência. que o sofrimento faz parte, mas não é o importante, e sim a alegria nas coisas...

não existem unanimidades, e aliás, "toda unanimidade é burra", mas chico xavier conseguiu ser quase uma...

não importa a sua crença, a maioria de nós tem que admitir que sua postura de vida foi um exemplo ético sólido do que se pode esperar de uma pessoa que vive religião...

creio que ele partiu para trilhar seus últimos passos no sansara. chegaremos lá...

boa viagem, chico...
: por magisterX : : enviar a um amigo . 1 comentário :


Concordo e assino em baixo das palavras do magisterX!

domingo, junho 30, 2002

Comentário de gente chata! (escrito por mim, portanto...)

A pátria de chuteiras é penta campeã...

Festa, alegria, parece que algo de extraordinário aconteceu.

Claro que o povo tem o direito de se identificar com os atletas e tomar para si a vitória (até porque a CBF é mantida com dinheiro nosso). Mas será que não deveríamos guardar parte dessa alegria, desse comprometimento com algo para coisas um pouco mais importantes do que o futebol???

sábado, junho 29, 2002

Muitos a minha volta estão amando. Primeiros amores, grandes amores, paixões de ocasião, parace que muitas das pessoas queridas estão encontrando um (ou o) alguém com quem curtir a vida.

Ainda assim, outras pessoas queridas estão sozinhas (eu mesma me incluo nesse grupo).

Mas acho a música que segue fala a todos: aos amantes, aos amados e aos...

Futuros Amantes
Chico Buarque


Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de antiga civilização

Não se afobe, não
Que nada é prá já
Amores serão sempre amaveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que um dia
Deixei pra você


(Essa visão de Chico Buarque é perfeita. Não é difícil imaginar o Rio - essa cidade que apesar de todas as mudanças, de toda a violência dos dias atuais, permance com uma aura romântica - como uma Atlântida, cheia de mistérios, cheia de histórias submersas a serem descobertas por civilizações futuras...)

sexta-feira, junho 21, 2002

Adendo

Relendo o final do último post acho que não me espressei bem. Não quis dizer que adorei ver as cenas da derrota inglesa, mas que o clipe ficou bonito, as imagens e a música mostraram a tristeza da derrota inglesa. Não foi um clipe alegre, e eu não teria gostado se tivesse sido (assim como não gosto da tartaruga da Brama)!!
Brasil 2 x Inglaterra 1

É, a Seleção ganhou. (Jogou bem, e a Ingalterra não jogou tão bem quanto em outras partidas.)

Quarta-feira muitas repartições públicas, mais uma vez, só abrirão a partir de meio-dia...

O "Riso" Brasil e o dólar continuam numa corda bamba, o PT fez uma estranha aliança com o PL, o "poder paralelo" (interessante como as expressões ganham força rapidamente, há duas semanas o Rio era apenas mais uma cidade violenta, atualmente está sob a insigna de um Poder Paralelo!!) continua por aí...

Mas o importante é que, muito provavelmente, seremos campeões da Copa. (E meu irmão dizia isso desde antes do início do torneio, quando todos duvidavam. Ainda há de ser cronista esportivo!!!)

É o momento em que o brasileiro se sente grande e poderoso. Não seria mau, se não esquecessemos de todo o resto em função disso.

Mas, todo mundo já conhece essa história, não vale à pena divagar aqui!

Para finalizar, queria dizer que adorei o "clipe" que a Globo fez com cenas da derrota inglesa ao som de uma nova (do albúm que está para ser lançado, The Hindu Times) e belíssima música do Oasis, Stop Crying your heart out. Lembra Beatles, mas isso já faz parte do Oasis... ;)

quarta-feira, junho 19, 2002

Viram (como se houvessem milhares de leitores... mas eu adoro e me orgulho dos poucos que tenho!!)as mudanças no design??

Ficou tudo mais clean, mais bonito, mais funcional...

Elogios e propostas de trabalho devem ser dirigidos ao magisterX!!!

E mais uma vez:

Obrigada, magisterX!!! :)

domingo, junho 16, 2002

"Se a Globo não conseguir pegar o Elias maluco, ninguém consegue."

Essa tem sido uma frase "fácil" em qualquer discussão sobre a morte do jornalista Tim Lopes e sobre a violência no Rio, que são temas praticamente onipresentes nestas últimas semanas. As organizações Globo ajudam a manter o tema em debate, com matérias nos telejornais e cadernos especiais como o que faz parte do Globo deste domingo. Prestação de serviço, denúncia ou sensasionalismo barato? Ou, ainda, um pouco de cada???

De qualquer forma, destaco duas passagens de dois textos do tal caderno especial, que parecem ajudar a pensar sobre esse problema que já faz parte da vida de qualquer carioca há algum tempo, mas parece que para algumas pessoas, surgiu ontem.

"...
Não quero afirmar que todo pobre é bandido, porque senão estaríamos realmente em guerra civíl, mas sim que dentro das favelas são os mais miseráveis e membro de famílias desorganizadas, analfabetos ou semi-analfabetos que na maioria engrossam as fileiras da criminalidade. Os moradores das periferias já sabem, desde cedo, quem vai ou quem não vai entrar para a vida do crime, pois sào aqueles que estão na base da pirâmide social da favela que matam e morrem regularmente. A entrada para as fileiras da criminalidade é ainda na infância, num processo lento e doloroso, pois ninguém vira bandido da noite para o dia, mesmo sendo essa a única opção. A segunda opção, a de inclusão no mercado de mão-de-obra barata, é para os que estão no topo da pirâmide, pois, por incrível que pareça, está fora de alcance da base.
..."

Paulo Lins

"...
Eu não acredito que haja alguma possibilidade de reversão desse quadro simplesmente com passeatas na orla, se vestindo de branco. Isso não vai cegar o sabre dos Elias Maluco da vida. Não considero séria nem eficaz essa forma de luta. Para mim, essas passeatas são quase ccomo um desfile de moda com o merchandising da antiviolência. É apenas uma tentativa de aliviar culpas. É uma coisa deles, enquanto Zona Sul, gente bonita e bronzeada. A situação requer uma emergência maior. Ninguém assume o quanto essa questào da violência é de fato emergencial. Todo mundo se vira para o mar, de costas para o interior, para a pobreza, a miséria, o abandono da periferia e das favelas. Tudo agora é entretenimento. Ser feliz agora é se entreter, se divertir. Há uma necessidade de se esconder nossas mazelas.
..."

Marcelo Yuka

E, por fim, um corte e colagem a partir do blog da Cecília:

tim lopes 2

"Eu não conhecia o trabalho desse cara antes do auê em torno da morte dele, mas acho o seguinte: não tem nada a ver ficar dizendo que ele mereceu morrer ou que estava ERRADO em tentar fazer a matéria que fazia. A intenção dele tinha sentido, e seria massa se tivesse dado certo. Repórteres se arriscam o tempo todo pelo mundo, e desse risco freqüentemente sai informação importante.

Mas eu não concordo com a REAÇÃO da imprensa, sindicatos e governo em relação à morte dele. Supõe-se que o Tim Lopes sabia dos riscos que corria e que estava lá no morro por iniciativa própria. Pode-se achar que é burrice, loucura, tudo bem. Mas o fato dele ser jornalista não deve tornar a morte dele extraordinária. Isso é revoltante. Um repórter não tem um crachá que diz que ele é um ser humano de mais valor para a sociedade do que um carteiro, uma empregada doméstica ou um motorista. Quando se fala de ASSASSINATO (e é isso que aconteceu com o Tim Lopes, foi assassinado), todo ser humano é uma vítima igual às outras. Logo, levantar a bandeira da "obstrução à liberdade de imprensa" é uma bobagem ainda maior do que se infiltrar no morro pra fazer o que o Tim Lopes fez. Como o mojo observou no blog dele, uma reação desse tipo só é possível vinda de uma imprensa que se julga acima do bem e do mal. Todos se ajoelham diante de um repórter quando este dá ao povo a oportunidade de ser parte do espetáculo, e assim os jornalistas têm sua pequena dose de divindade, são o deus operando a câmera, perguntando aos reles mortais o que eles acham disso e daquilo. Mas pro traficante que dividiu o Tim
Lopes ao meio com uma espada, ele não era um repórter, muito menos um deus: era um imbecil que se meteu onde não devia e que tem que pagar pelo que fez assim como qualquer outro pé-rapado que olhasse torto pra namorada de um traficante ou invadisse uma zona rival.

Até onde o repórter deve ir? Até onde julgar adequado. Tim Lopes fez o seu julgamento e se deu mal. É lamentável, é trágico, mas não é extraordinário, e não se deve tirar da morte dele nenhuma conclusão diferente do que se tiraria da morte de qualquer outro cidadão numa favela violenta."

galera, autor da livros do mal, na lista da ird.
enviar a um amigo

10/06/2002 14:51


"...
Em pouco mais de 400 anos de ciência, passamos do centro do Universo a um planeta orbitando uma humilde estrela em meio a bilhões de outras. O que essa visão tem de humilhante, ela tem de magnífica. Termos consciência de nossa insignificância cósmica é, talvez, um dos nossos maiores motivos de orgulho; ao mesmo tempo, aprendemos a celebrar a enormidade do cosmo e a nossa capacidade de compreendê-la.
Essas reflexões tornam a questão da nossa existência ainda mais fascinante: como foi possível, em um Universo movido pelo acaso, que seres vivos tenham aparecido e, mais impressionante ainda, seres vivos inteligentes? Como foi possível, em um Universo dominado por matéria inerte, que átomos destituídos de consciência ou objetivo tenham se organizado em sere conscientes? Essas questões, claro, são bem mais antigas que ciência, tendo sido abordadas por inúmeras religiões no decorrer da história da humanidade. Temos uma profunda necessidade de compreender as nossas origens, de justificar de alguma forma a nossa presença aqui. Se a origem da vida permanece ainda um mistério, a sua emergência é algo que deve ser explicado cientificamente, a partir da complexificação crescente da matéria orgânica, desde os seres mais primitivos até a humanidade moderna.
..."

Marcelo Gleiser, 16/06/2002, no caderno Mais, da Folha.

Tendo assistido Contato (filme que sempre me emociona e me leva a pensar, mesmo depois de várias sessões, mesmo já tendo lido o livro de Sagan), mais uma vez, ontem (mesmo que decepado pelo sbt) e lendo a coluna do Marcelo Gleiser de hoje, não posso deixar de pensar que, no final das contas, tudo se resume a fé, a acreditar em algo que para nós faz sentido e nos toca como sendo a verdade. Nem mesmo a ciência conseguiu, até agora, todas as explicações. Até os mais racionais dos cientistas têm de se ver aceitando algo tão irracional como o acaso para poderem explicar aquilo que ainda não somos capazes de entender.
Um dia, eu espero, seres humanos vão olhar para trás e se perguntar "como podíamos ser tão ingênuos?".

sexta-feira, junho 14, 2002

Para lembrar (e pensar) enquanto assistimos ao horário político, e enquanto vivemos nossa vida diária também...

"...
No 10 de maio passado, morreu um grandíssimo sociólogo americano: David Riesman, autor de "A Multidão Solitária" (1950) - uma obra ainda profética.

Riesman descrevia três tempos de nossa cultura: um passado, em que a vida era regrada por tradições e costumes instituídos, 2) a modernidade, animada pelo projeto interior do indivíduo, sua vontade de mudar a próprio e ao mundo, 3) os dias de hoje, em que (pressentimento milagroso) não somos definidos pela tradição ou pela certeza de nossos projetos: o critério que nos orienta é o que os outros pensam de nós. Somos sociais como nunca, pois só existimos na (e pela) multidão. Somos solitários como nunca, pois, na hora de dialogar, é difícil encontrar sujeitos que sejam gente: esbarramos nos reflexos das indentidades que a multidão reconhece e festeja.

Riesman constatou, por exemplo, que, na formação dos jovens, o grupo de pares (que aprova ou desaprova) se tornava tão importante quanto a hierarquia familiar. Numa época ainda sem televisão, ele previu que, nas escolhas políticas, triunfaria o marketing: não votaríamos para defender uma idéia, mas em quem nos seduzisse (ou, eu preferiria, em quem nos parecesse suscetível de ser seduzido por nós). Nesse mundo, o valor das mercadorias é cada vez menos decidido pelo custo ou pelo valor de uso: as mercadorias valem pela aprovação que encontram na opinião da multidão.
..."

Contardo Calligaris, 13/06/2002, na Folha.

sexta-feira, junho 07, 2002

Os caminhos e os acertos...

Não sei se já ficou claro através de alguns de meus escritos, mas entendo a vida como uma grande aventura, através da qual vamos fazendo escolhas, certas e erradas, e tentamos aprender com elas. Se terminamos aprendendo alguma coisa, qualquer coisa, é porque o resultado foi positivo.

O que norteia essas escolhas, a meu ver, é a nossa procura pela tal felicidade. Não pensamos, conscientemente, no que será mais engrandecedor para nosso espírito, pensamos naquilo que nos dará prazer. As exceções, como sempre, existem. Existem pessoas que realmente têm espíritos mais elevados e passam suas vidas em uma doação contínua. Outras que parecem ter visões distorcidas sobre o que seja prazer ou que acreditam que nasceram para sofrer e vivem fazendo escolhas erradas, muitas vezes tendo plena consciência disso...

Mas, mesmo pensando apenas na saciedade de nossa necessidade de prazer, de felicidade, parece que às vezes fazemos escolhas que vão de encontro a isso. Mesmo que não nos enquadremos naquela classe de pessoas que "gostam" de sofrer (melhor seria dizer, que não sabem viver de outra forma a não ser sofrendo), muitas vezes fazemos escolhas que não trazem muita alegria. E perduramos nesse caminho escolhido, duvidando que ele vá levar a algum lugar interessante, mas ao mesmo tempo sem ter força para pegar o primeiro atalho e sair.

Algumas vezes o caminho é realmente errado, principalmente se ele for difícil demais (acredito que ninguém está aqui para viver só em sofrimento). Mas em outras vezes podemos nos surpreender ao encontrar um sentido para aquela escolha. Pode ser que ocorra só no final, pode ser ocorra no momento em que estamos prestes a desistir e tomar outro caminho, mas seja quando for, a sensação de que fizemos uma escolha certa, de que estamos não num bom caminho, mas naquele que talvez seja o caminho de nossa vida, é sempre gratificante. Passamos a nos sentir mais leves, mais serenos, mais capazes, mais felizes, pois temos pelo menos uma certeza na vida.

Claro que é possível sentir-se assim sem certezas, apenas vivendo a grande aventura. Mas sentir-se tendo acertado pelo menos um dos caminhos ajuda um pouquinho. ;)

(O meu caminho parece ter sido o da carreira! Quem sabe ainda tenho sorte de acertar mais algum...)
Agradecimento!

O meu pseudobloguinho agora tem uma barra com links para todos os sites da família mX!! E eu ainda tenho a honra de vê-lo fazendo parte dessa família!!!

E ainda tem um link de busca do Google, que é atualmente o melhor site de busca da internet, e isso não é propaganda barata, é verdade!!

E tudo isso graças ao grande magisterX, que se ofereceu para me ajudar! Já estava há algumas semanas tentando fazer aquela barra (criação do magisterX)aparecer, sem sucesso. Devo ser a primeira bloggueira a não saber trabalhar com o template do próprio blog!! :(

Para terminar:

Obrigada magisterX!!!!! :)

sexta-feira, maio 31, 2002


which Episode II character are you?




Probably the greatest Jedi Knight of all. Like Obi Wan, you are wise and keep your feet on the ground at all times. You will not be outsmarted by anyone. You are always faithful to your friends. Be careful though, danger lurks around every corner - you could even be betrayed by those closest to you.



Oh my, Oh my...
What an honour to be him... :)


E morreu, ontem, 30 de maio de 2002, aos 90 anos, Mario Lago, um dos maiores artistas e intelectuais do país. Ele é conhecido como músico (quem não conhece Amélia, aquela que era mulher de verdade?? Ou Aurora, aquela que não era sincera??), como ator (tanto em novelas como no teatro e no cinema), como ativista de esquerda (preso 6 vezes por ser "comunista"), como tricolor e mangueirense, e como uma importante figura da cultura brasileira. Sem dúvida, uma das pessoas inesquecíveis do século XX.

"Eu fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
Nem ele me persegue;nem eu fujo dele.
Um dia a gente se encontra..."
(Mário Lago)
A Copa do Mundo é nossa
Com brasileiro, não há quem possa


Um texto no SpamZine dessa semana fala sobre a descoberta da perda através do futebol. Lembrei de uma história particular, aquela que me afastou do futebol.

Em 1986, meros 7 anos de idade, na 2a série do primeiro grau, eu acompanhava a Copa do México...

Os mexicanos nos adoravam, torciam para o Brasil como se fossem brasileiros, faziam valer a frase "Mi casa, su casa" com sua incrível hospitalidade. Eu estava no caminho de me tornar uma grande torcedora de futebol. Tinha exemplos na família: meu pai, meus avós e minha mãe, que mesmo sendo mulher (ela é minha mãe, né?) entendia alguma coisa do esporte das multidões.

Até que houve a partida das quartas de final, Brasil x França. Eu me lembro daquele dia, um sábado. De manhã saí com meu pai e meu irmão (na época com 2 anos, a idade o salvou de não ter lembranças desse dia) para comprarmos estalinhos, cornetas e outras besteiras para comemorar o jogo. À tarde, por volta das seis horas, não havia o que comemorar. O Zico perdera o penalti!! Eu chorei!!

Com 7 anos, eu, uma menina, chorei, junto com o Vanutti (que na época ainda era da Globo) por causa de um jogo de futebol!!! Aquilo não estava certo! A partir daí cultivei uma antipatia, que durou vários anos, pelo Zico e pelo futebol em geral. Simplesmente dizia que não gostava, mas no fundo tinha inveja das discussões acaloradas, muitas vezes inteligentes, que aquele esporte proporcionava.

Então, em 94, já mais velha, com 15 anos de experiência, decidi tentar, flertar com o futebol e ver no que dava. Acompanhei muitos jogos da Copa sempre sozinha no meu quarto, eram momentos particulares, entre o futebol e eu, não queria dividí-los com outros. Por sorte, naquele ano tudo deu certo. Fomos campeões e eu acreditei que poderia me tornar uma torcedora, uma amante do futebol.

No ano seguinte dei mais um passo no meu aprendizado sobre o esporte: escolher um time do coração, além da Seleção. Como todos em minha casa são tricolores, minha tentativa inicial tinha de ser com o time de Laranjeiras. E comecei em grande estilo: fui à final do Estadual no Maracanã, a famosa final do gol de barriga de Renato Gaúcho.

Foi perfeito. O Maracanã em dia de Fla-Flu deveria ser considerado uma das maravilhas do mundo, tal é a beleza da festa das torcidas. E da festa dos times no campo. Para coroar, ainda tive um daqueles momentos que só acontecem no Maracanã: faltando 6 minutos para terminar o jogo, Flamengo empatando em 2x2 e assim levando o título, meu pai resolveu que deveríamos ir. Meu irmão, muito "chateado" da vida concordou, eu queria ficar, mas quem era eu, uma simples visitante, mal iniciada naquele culto, para discutir. Quando estávamos quase na rampa de saída, acompanhados de alguns outros tristes tricolores, ouvimos aquilo que só pode ser definido como "o grito das multidões". O gol de barriga havia acontecido, o jogo virara praticamente no último minuto. Na rampa, os torcedores fizeram uma corrente, ninguém que estava ali poderia voltar ao estádio até o final do jogo, para não dar azar. Por conta disso, apesar de estar no Maracanã, só fui ver o gol e o final do jogo, em casa, na televisão. Mas descobri porque aquele é considerado o templo do futebol. Coisas mágicas acontecem no Maracanã, de verdade!

E então, parecia que tudo se encaminhava para um bom final. Eu me tornaria uma torcedora de futebol, me deixaria levar pela paixão de milhões de brasileiros e de milhões de pessoas em todo mundo. Mas, não!

No final do mesmo ano de 95 decidi que o futebol não poderia ser uma paixão. Teria de lidar com ele apenas de forma racional, impessoal, como pessoa que gosta, acha interessante, mas não se envolve demais. Isso por causa do Fluminense, que perdeu a vaga no final do Campeonato Brasileiro, num jogo contra o Santos em que ele tinha vantagem de gols. Ouvi aquele jogo no rádio, sozinha no quarto, já imaginado que glória seria ver aquele que eu havia colocado em meu coração, naquele mesmo ano, como "meu time" ganhando o Brasileirão.

Só que o Fluminense perdeu!!

E eu, mais uma vez, chorei por causa do futebol. Meu pai notou minha dor, quando saí do quarto ao final do jogo. Aquilo era demais para mim. As vitórias eram incríveis, sem dúvida, a felicidade de se sentir campeã é uma daquelas coisas que não tem preço. Mas as derrotas também tocam fundo demais. Foi aí que decidi não me deixar levar pela paixão do futebol. E desde então não mais chorei ou vibrei com nenhum jogo. Ainda me digo torcedora do Fluminense, mas sei que sou apenas uma admiradora distante. O mesmo acontece com a Seleção.

Mas isso não significa que não acompanhe os campeonatos e que não vá acompanhar a Copa. Só que o farei com olhos distanciados, de quem acha lindo, mas (por covardia talvez) prefere não se deixar levar...

segunda-feira, maio 20, 2002

Corte e colagem...

16/5/02 - 01:55 AM: The Osbournes
Tá todo mundo falando, tá em todas as revistas e jornais... Mas é mesmo inevitável. Perdi os três primeiros, semana passada. Nessa, não perdi nenhum. É absolutamente hilário. Ozzy muito seqüelado, esposa muito louca, ótima edição... Não soa fake como a maioria dos "reality shows", tem uma essência, um quê de realidade mesmo, e mesmo que completamente fora da nossa realidade. Enfim: de chorar de rir.

Na MTV, de terça à quinta, às 23h30.

Fred Leal # [Comente!]


Em poucas palavras o Fred disse tudo.

The Osbournes é simplesmente hilário e por isso merece toda a propaganda e sucesso.

Só fico me perguntando se eles são mesmo daquele jeito. E o pior (talvez não...) é que acho que são!!!! ;)

domingo, maio 19, 2002



Homem-Aranha/ Spider-Man

O Homem-Aranha de Sam Raimi tem o ritmo, a agilidade, até as cores de uma história em quadrinhos, transformados em um ótimo exemplo de cinema diversão. Como em toda boa adaptação, o roteiro é bastante fiel à história original, conhecida desde os anos 60 quando Stan Lee criou “o mais humano dos heróis”, mas toma suas liberdades, que em nada ferem a idéia original. Peter Parker é desde sempre apaixonado por Mary Jane (Gwen, no filme, não existe), as teias são orgânicas e não um aparelho criado por ele. Mas isso não é um problema, pois as mudanças servem muito bem a história que tem de ser contada em pouco mais de duas horas e não desenvolvida em revistinhas mensais.

De qualquer forma, o roteiro é enxuto e conta muito bem a história do jovem, que nada tem de especial - aparentemente ele mal tem algo que chame a atenção, além do fato de ser um “nerd” - até se ver dotado de super poderes após ser picado por uma aranha geneticamente alterada (outra mudança do original, mas, os adolescentes de hoje mal devem saber o que é radioatividade e a importância da ameaça radioativa não seria entendida). Poderes esses que ele deve aprender a usar, ao mesmo tempo em que aprende que deve fazer escolhas para se tornar o homem que quer ser, como lhe diz seu tio Ben.

Mas um bom filme não se resume a um roteiro eficiente, e este “Homem-Aranha” tem méritos muito maiores que seu roteiro. Um deles é o elenco. Tobey Maguire encarna Peter Parker com perfeição. Se há pouco mais de 20 anos Christopher Reeve marcou para sempre seu nome como sendo o Super Man, sem dúvida o mesmo acontece agora com Tobey e o Aranha. Desde a primeira frase narrada, passando pelas mudanças que são mais que físicas, até a última cena (e que última cena!!), não há como ter dúvida de que Peter Parker saiu diretamente das revistinhas para a tela do cinema. Kirsten Dunst também está ótima como Mary Jane e junto com Tobey Maguire forma um dos melhores casais cinematográficos dos últimos tempos. Eles têm química, eles são sexy (o beijo na chuva já é uma referência), como diz a música de uma certa dupla adolescente, eles “dão certo”!! O resto do elenco trabalha bem, em especial J. K. Simons que brilha em suas poucas cenas, como o rabugento editor J. J. Jameson. Willem Dafoe tem alguns momentos caricatos como Osborn divido entre ser Norman Osborn ou Duende Verde, mas no todo ele trabalha bastante bem e não rouba a cena do nosso herói. Quanto a tia May, ela é adorável como deveria ser e provavelmente ainda vai aparecer mais nos próximos filmes, pois sem dúvida haverá pelo menos mais um!

Além do elenco, o destaque importante é de Sam Raimi que faz um ótimo trabalho num filme que poderia facilmente ter se desvirtuado de seu rumo, fosse um diretor menos capaz. Mas Sam Raimi sabe imprimir o tom certo a cada cena. Mesmo com clima de história em quadrinhos, reforçado principalmente pela fotografia de tons fortes e pela montagem, o filme não é caricato. Em certos momentos ele beira o “mundo real”, nas cenas emotivas, nos dramas pessoais de Peter e no primeiro grande ataque do Duende Verde. Esse último é quase um momento de catarse em relação aos acontecimentos de 11 de setembro. O sonho americano do que poderia, deveria ter acontecido se super-heróis realmente existissem. Não sei se a seqüência foi gravada antes ou depois, creio que deva ter sido antes, mas sem dúvida funciona muito bem depois daquele trágico acontecimento.

E Sam Raimi ainda prova saber trabalhar com efeitos especiais como poucos. As cenas de CGI são sensacionais, principalmente porque você nunca deixa de achar que aquele ser saltando entre os prédios de NY é o Homem Aranha de Tobey Maguire, e não um boneco feito por computador. O mesmo acontece com as cenas de ação, que mesmo violentas têm seu porque de existir no filme mas não são o único porque de existir do filme.

Há ainda um trilha sonora descolada que serve perfeitamente ao filme. O destaque, sem dúvida, é do tema de abertura de Danny Elfman, que vai entrar para a lista dos grandes temas cinematográficos. Não há como esquecer que aquele é “o tema do Aranha”. Mas o CD tem outras músicas bem legais, que têm tudo a ver com o filme, incluindo a música que muitos cantarolavam antes de iniciar a sessão: “spider man, spider man, does whatever a spider can....”.

Por fim, resta dizer que “Homem-Aranha” é exatamente o filme que deveria ser, nem mais, nem menos. E isso já é dizer bastante coisa. E é motivo o bastante para você ter certeza de que terá ótimas duas horas no cinema mais próximo!!

sábado, maio 18, 2002

Eu TINHA de colocar isso aqui... ;)


Frodo's my fancy!
What's your fancy? Click here and tell the world!

domingo, maio 12, 2002

Eu ando sem tempo e até sem o que escrever. O que não é tão ruim como possa parecer. Mas aí me deparei com esse texto, numa mensagem antiga que ainda não tinha aberto. Achei perfeito...

Felicidade Realista
Mário Quintana


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas, de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário,queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso coração.Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...

"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."


domingo, maio 05, 2002

Katie Carr precisa passar sua vida a limpo. É médica e não consegue ajudar totalmente os pacientes; divide seus dias entre o trabalho, as contas a pagar e um amante sem graça, enquanto o marido, um escritor de colunas maldosas, cuida da casa e das crianças. De um estacionamento, pelo telefone celular, ela resolve, então, pedir o divórcio ao marido. A partir daí, Kate passa a avliar, de maneira sarcasticamente engraçada, os ri\umos que sua vida tomou, botando em xeque se ela realmente seria uma pessoa tão legal quanto julgava ser.
Como se legal revela um Hornby que faz seus personagens realizarem verdadeiras viagens interiores, questinando suas histórias, atitudes e opções.

Contra capa de Como ser legal, de Nick Hornby, ed. Rocco

Sabe aquela sensação de saber que você tem de ter um certo objeto, um cd, um livro??

Eu passei por isso na sexta-feira ao ler a contra capa de Como Ser Legal, o novo livro de Nick Hornby. Eu já havia lido Alta Fidelidade, quando foi lançado aqui. Apesar (e por causa) da divisão que criaram na época: Alta Fidelidade era o livro sobre homens e O Diário de Bridget Jones o livro sobre as mulheres, eu preferi ler o livro de Nick Hornby, até porque esperava entender melhor o universo masculino. Acho que ajudou muito e de qualquer forma é uma ótima leitura, a meu ver melhor que Bridget Jones. Entretanto, no caso das adaptações cinematográficas acho que Bridget Jones é um filme melhor que o livro e o mesmo não acontece com Alta Fidelidade. O que não significa que o filme Alta Fidelidade não seja bom e até melhor que o filme O Diário de Bridget Jones, mas como adpatação o segundo supera o livro, e na minha opinião o primiero fica a dever alguma coisa (mesmo com os talentos de John Cusack e Stephen Frears). Parece que a peça A Vida é Cheia de Som e Fúria, que esteve em cartaz aqui no Rio ano passado, consegue captar melhor o livro. Infelizmente não assisti...

De qualquer forma, não era sobre esses livros e filmes e peça que queria falar e sim sobre Como Ser Legal. Na verdade nem tenho muito o que falar pois ainda estou começando a ler o livro mas me surpreendi logo no início, já na contra capa. Afinal sou mulher, (quase) médica, não sou casada ou tenho filhos mas me preocupo bastante em ser uma pessoa legal ou boa, dependendo da sua interpretação da versão original How To Be Good.

E a última frase do primeiro parágrafo do livro não poderia ser mais direta, falar mais alto a uma dúvida que tenho desde alguns meses atrás: Ás vezes, nós temos de ser julgados pelas coisas que só fazemos uma vez.

Katie Carr, a protagonista do livro, chega a conclusão de que quando fazemos algo que aparentemente não pertence a nossas características habituais, mesmo que só por uma vez, isso passa a ser uma característica sua, principalmente se for algo significativo, como pedir o divórcio pelo telefone celular (o caso dela), matar ou quem sabe, trair alguém (direta ou indiretamente).

Nick Hornby já havia me mostrado o que é o universo masculino, aquele dos homens que têm dificuldade para crescer (quase todos que eu conheço e adoro). E agora parece que vai me ajudar entender o meu prórpio universo, o das garotas que crescem, se tornam mulheres, têm de lidar com os rapazes que não querem crescer (e talvez elas também não quisessem) e ainda tentam ser pessoas boas, legais...


Você assiste um filme e acha que entendeu a história.

Aí você visita o Metaphilm e descobre que podem haver outras interpretações até para o clássico infanto-juvenil Mary Poppins...

Adorei esse site e não apenas recomendo, digo que ele deve ser visitado por qualquer pessoa que goste de textos inteligentes e divertidos. E agradeço ao Tiago Teixeixera por ter chegado lá!!

quarta-feira, maio 01, 2002

Há oito anos, num Domingo, 1o de maio de 1994, Ayrton Senna deixava este este mundo e nossas manhãs de domingo, após uma trágica batida contra um muro no Grande Prêmio de San Marino. Ele foi um dos grandes pilotos da fórmula 1 da história e um dos grandes ídolos do povo brasileiro. Um grande ídolo principalmente porque suas grandes façanhas fora das pistas só vieram ser descobertas após seu falecimento. Ele fazia questão de não fazer auto-propaganda com suas obras assistências. Enquanto vivo ele era um ídolo pelo que fazia nas pistas, pelas vitórias pessoais nas quais colocava também o nome de seu país, de seu povo. Hoje é um ídolo por isso e pela grande pessoa que descobrimos depois.

Talvez , como dizem alguns, seja triste o povo que necessita de ídolos. Mas já que eles nos inspiram que seja com grandes ideais e belos exemplos...
"E o motivo para ser isso é bastante simples: ele é sobre o Brasil de hoje. E tem urgência em sê-lo, em colocar na tela a vivência que aflige o espectador com o que ele sente nas ruas, com as contradições que ele vive, em conflito, angustiado, confuso como deve ser qualquer filme que tenta falar do que o cerca quando é óbvio que não há distanciamento para tal, mas ao mesmo tempo não se consegue ser de outra forma. E, talvez o que mais o torne diferente da produção nacional é que ele o faz sem querer somente fazê-lo. Ou seja, ele é sim um "conto exemplar" sobre a sociedade brasileira em 2001, mas antes de ser exemplar ele é um conto. Se a realidade surge nele, discutida e onipresente, não é porque ele se pretende a priori como um tratado sobre ela, mas sim porque ela é tão forte que torna-se inescapável. O mundo exterior invade a trama pretensamente "policial" assim como o faz o personagem de Paulo Miklos, pois o verdadeiro "invasor" do filme é o Brasil. Brasil que cisma em surgir nos cantos de cada plano, que cisma em pressionar e assombrar os personagens, que queriam apenas ser isso, personagens. Sempre foi esta a grandeza maior do cinema americano: nos seus bons e maus filmes, nos mais comerciais aos mais reflexivos, sempre deixava em primeiro plano os Estados Unidos da época de sua realização de forma quase transparente, mesmo que fosse pelas bordas das imagens e sons."

Este é um trecho da crítica, ou melhor, análise, que o Eduardo Valente faz do ótimo O Invasor na contra campo. Não sei se já escrevi, ou mesmo se importa para alguém, mas ele é um dos meus críticos de cinema favorito, junto com o Jaimme Biaggio, do Globo.
Um comentário...

Este é um comentário que escrevi para o magisterX, em relação aos seus últimos posts no c o n t e x t o.

Ah, o amor...

caro magisterX, todas as racionalizações parecem sem sentido quando nos deparamos com sentimento menos racional de todos, não??

Erramos quando tentamos acertar e muitas vezes acertamos quando temos certeza de termos errado. Às vezes tentamos pensar, agir de forma racional, e o resultado é um vazio, tranquilo, mas vazio. E quando nos deixamos levar, por mais que se crie um turbilhão, por mais que a razão, a moral e os outros nos condenem, há a simples e pura sensação de plenitude.

E, se somos pessoas um tanto ao quanto "racionais demais", se realmente analisamos os fatos, os próprios sentimentos e ações (o que na verdade é uma forma de nos envolvermos mais, uma prova de que estamos dispostos a nos entregar, apesar de ao mesmo tempo parecer apenas covardia) corremos o risco de pararmos em cima do muro, sabendo que queremos nos jogar ao turbilhão das emoções, mas ao mesmo tempo presos à tranquilidade apática do vazio da razão.

Esperamos que o outro reconheça que precisamos ser salvos dessa armadilha. Mas às vezes encontramo-nos tão presos e perdidos em nossos próprios medos que nem somos capazes de sinalizar o pedido de socorro...

Outras vezes, o outro simplesmente não é capaz de entender o quanto precisamos de ajuda...

segunda-feira, abril 29, 2002

O "trocinho" azul aí do lado é um blob inútil. Conheci os blobs porque a Clarah tem um no brazileira!preta.

Achei legal e resolvi ter um também!
Às vezes você só presta atenção a alguma coisa quando ela passa a ter um sentido na sua vida...

Ela já estava lá há muito tempo, mas você simplesmente não a reconhecia porque aparentemente era algo absurdo, sem sentido. Até que em algum momento as coisas mudam.

Foi o caso dessa música...

Can't turn back the years
Phil Collins


"No matter how much you think you want or need it, the past has to remain just that, the past..."

Could've given you everything that you need
but I cannot turn back the years
The perfect love was all you wanted from me
but I cannot turn back the years

So we have to be strong, and I'm find that hard
we have to move on, but no matter how hard I try
if your heart's in pieces, you look for the truth
and when I look deep down inside I know, it's too bad I love you

Sometimes, hits me in the morning, hits me at night
that I cannot turn back the years
so I look out my window, turn off my light
but I cannot turn back the years

Can't make it seem easy, when you're all that I see
can't live in a dream and I won't serenade the truth
people are hurting and they're looking to me
and I look at you there's nothing more to say, it's too bad I love you

But I'm never gonna give it up

All that I lived for, all that I dreamed
but I cannot turn back the years
You're the water I drink, you're the air that I breathe
but I cannot turn back the years

So we have to be strong, and I'm find that hard
we have to move on, but no matter how hard I try
if your heart's in pieces you look for the truth
and when I look deep down inside I know, it's too bad I love you

But I'm never gonna give it up