sábado, dezembro 13, 2003

Quebra de preconceitos

Não é apesar, mas exatamente por causa de tudo, viver vale à pena.

Estou lendo "Noites Tropicais", de Nelson Motta, e estou admirada com a vida dele e de todos nos anos 60 e 70 (estou começando os 80 agora). Tudo começa com a bossa nova e não poderia começar melhor. E sendo memórias, tudo parece ainda melhor (como parece ser o que diz Apolônio Brasil, filme Hugo Carvana, outro saudosista que não deixa de viver o presente. Ainda não vi o filme, mas lia ótima crítica da contra campo).
E faz você, ou pelo menos eu, se sentir bem com a sua vida, enxergar os pequenos grandes momentos e sonhar com os próximos. Porque cada vez mais descubro que a vida não termina nos 20, como de se certa forma imaginava.
Ter mais contato com pessoas de mais de 30 anos (e talvez o fato de admirar e ter me apaixonado por uma dessas pessoas, logo aquele que eu já conhecia, ou talvez exatamente por isso, ou porque sempre o admirei mas nunca me permiti algo mais, provavelmente porque ele é casado, mas Freud e a psicanálise abalaram os valores que eu considerava inabaláveis) me permitiu acabar, ao longo do ano, com a noção de que se tem de chegar aos 30 casada e com filhos, porque é isso que se faz na década de 30.
Casada ou solteria, com ou sem filhos, existe vida inteligente para além, muito além!

sexta-feira, novembro 21, 2003

"Se existe um pouco de prazer em sofrer"
Ivan Lins - Lembra de mim


Tendo a achar que todo o prazer que consigo tirar de relacionamentos é o sofrimento. Especialmente porque eles nunca são relacionamentos, nunca chegam nem perto disso. São só sentimento, afeto dirigido a um objeto, sem que haja reação de igual força e direção contrária.
Eu sei que tenho de sair do mundo da fantasia, mas quem disse que eu consigo??

domingo, outubro 26, 2003

Síndrome de Bridget Jones: quadro de alteração do humor, caracterizado por depressão, falta de vontade, perda da esperança no futuro, idéias sobrevaloradas de prejuízo e ruína, choro fácil. Dura poucos dias e geralmente tem início após reuniões de velhos amigos onde se constata que você é a única que continua solteira no grupo. O quadro é auto limitado, e o tratamento definitivo depende de quando (e se...) o destino vai fazer o Mr. Darcy aparecer na sua vida.

Eu quero acreditar, mas hoje, em especial, está difícil...

sábado, outubro 25, 2003

Para Gostar de Ler: Paralelos.

Não, não é uma reedição daquela delíciosa coleção infanto-juvenil da Áttica, mas é uma revista eletrônica com textos de jovens escritores.
Cheguei de Goiânia segunda, 20 de outubro, cansada pela viagem de ônibus, mas radiante. O Congresso foi ótimo!!!

sábado, outubro 11, 2003

Lendo agora o último post do Fred, surgiu uma dúvida: ainda existe Mirabel??

Onde está nosso mítico waffer da merenda escolar??

Eu lembro de uma versão "muderna", com embalagem um pouco mais fácil de abrir, que não nos obrigava a quebrar os primeiros biscoitos, mas que também não tinha o mesmo charme. Essa é minha última lembrança do biscoito.

Alguém tem mais notícias??

Vou começar uma busca, quando achar o Mirabel, aviso aqui!!
Quarta-feira embarco para Goiânia, a cidade do césio 137. Congresso Brasileiro de Psiquiatria, meu primeiro congresso. Cursos, mesas-redondas, novidades ou um "carnaval para (pseudo)intelectuais psiquiatras", como disse um professor (o psudo é adendo meu!)? Descobrirei em breve. Se não voltar radiante talvez volte radioativa. Trocadilho idiota...
O Festival do Rio está acabando (ainda há repescagem, até quinta, no Odeon). Apenas 4 filmes assistidos, o mesmo sentimento de sempre, de adorar aquele mundo de salas escuras, imagens que contam histórias, retratam vidas, nos fazem sentr e pensar. E o sentimento de querer fazer parte desse mundo. Quem sabe um dia ainda estudo Cinema...

domingo, setembro 21, 2003

"Nobody said it was easy"
The Scientist
Coldplay

Não sou fã, mas comecei a prestar atenção no Coldplay quando descobri que eles usavam praticamente a mesma frase que um amigo meu e usamos para definir a vida: "Ninguém disse que ia ser fácil".

Será plágio???

Se for, é deles, pois nós já falamos isso desde 1997.

De vez em quando todo mundo tem vontade de voltar ao início...

"I'm going back to the start"
O Festival do Rio vem aí! E esse ano eu vou!!!

domingo, setembro 07, 2003

Voltei a ficar um tempo sem pc... E o bichinho ainda tá mal, funcionando só porque tá sem um dos HDs...
Mas vamos indo, pelo menos voltei a poder acessar a internet, só não tenho meus arquivos pessoais...

Ontem comemorei 1 ano de formada, na festa de formatura de uns amigos. Ainda tive a notícia do noivado de um casal de grandes amigos, e inda por cima vou ser madrinha!! Não é um casal qualquer, é só um dos poucos que ainda me fazem acreditar que é possível achar uma pessoa com a qual se quer e se pode passar o resto da vida juntos. Com problemas, invariavelmente, mas dividindo tudo juntos.

Não é Eduardo e Monica, mas Raphael e Eliana.

Já dizia Renato Russo:
"Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa te dizer
Quero ficar só com você"


E eu ainda acredito que é possível achar...

sábado, agosto 02, 2003

"Sei que a tua solidão me dói
E que é difícil ser feliz
Mais do que somos todos nós"


Eles começaram tirando a sorte grande com um grande sucesso. Depois não se venderam a fórmulas fáceis, de comercial de "fanta laranja", e continuaram fazendo o som que queriam, chegando a um belíssimo terceiro álbum e a um show empolgante e emocionante. Emocionante porque me surpreendi ao ver um Canecão lotado de pessoas que sabiam cantar todas as músicas de uma banda que ainda pode ser considarada nova e que, como já disse, não tem sucessos fáceis (com execeção daquele primeiro grande hit). Enfim, foi lindo o show do Los Hermanos, com quase todas as músicas do último álbum e algumas dos anteriores. Terminou deixando todos querendo mais, se perguntando porque apenas dois dias de apresentação se ficou provado que eles têm(e muito) público no Rio, e também que Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina, Rodrigo Barba e banda funcionam perfeitamente em shows, mesmo os arranjos mais rebuscados do cd, que ficam mais crus e básicos no show não perdem a graça e a beleza. Fico esperando a volta, o próximo trabalho deles e enquanto isso ouvindo os cds...

"E a banda diz:
Assim é que se faz!"

domingo, julho 20, 2003

Ainda da série Concertos... falando de preconceitos a serem quebrados, eu quebrei um, o meu com Raul Seixas. Graças aos sarais musicais da enfermaria de psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto, que ocorrem todas as sextas, a partir das 18:00h, violões a cargo dos meus amigos Máximo e Babão, também conhecidos como Dr. Edson e Dr. Abel. Suas interpretações dos clássicos (e das desconhecidas) de Raulzito me fizeram descobrir que o que eu tinha era puro preconceito e que as músicas são sensacionais. Aguardem um cd da dupla, com coro dos pacientes e das doutoras Clarisse e Alejandra, também produtoras!!!
Da série Concertos para a Juventude.... cd que não sai do meu cdplayer desde domingo passado (quando foi comprado), o Ventura, novo trabalho do Los Hermanos. Já falei ano passado, quando do segundo cd, Bloco do eu sozinho, e volto a repetir: nada de Ana Júlia!! (e eu nada tenho contra essa música!! Mas muitos criaram um preconceito com o grupo em função desse primeiro trabalho). Rock, samba, mpb, arranjos e melodias surpreendentes, letras que lembram Chico Buarque, entre outras coisas, é isso que você encontra neste cd. Ah! também tristeza, porque muitas das canções são tristes, mas você nem percebe pois são sobre as tristezas belas do nosso viver. Parece que eles vão estar no Canecão dia 31 desse mês, e eu vou estar lá também!!

"E eu que já não sou assim, muito de ganhar
Junto as mãos ao meu redor
E faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz"
Marcelo, agradecimento muito atrasado (novidade, né???) por ter consertado o problema dos acentos. Já disse que esse trocinho aqui talvez nem existisse se não fosse pelo magisterX???
Oi!!!

Eu ainda existo e, portanto, também esse pseudoblog. Estive sem computador por um tempo. Artimanhas de meu irmão que faz experiências com nosso pczinho.
Mas ele vive!!!
E, consequentemente, eu também revivo no mundo virtual.

segunda-feira, junho 30, 2003

Mensagem do Blogmaster

Consertei as alterações que o Blogger fez quando migrou seu (nada)pseudo-bloguinho, querida... Seus acentos estão de volta.

Pode apagar este aviso... ^,^


magisterX

quinta-feira, junho 19, 2003

Parece que os comentarios tambem nao funcionam...

Meu pseudobloguinho vai de mau a pior!
Comentario que fiz no blog da Gika (sem acentos, pois os acentos do meu pc nao funcionam aqui...)

Ontem de manha, na van, eu me peguei pensando em como a vida era mais simples quando tinha 15 anos. Havia o certo e o errado, e nada mais. Eu sempre tentei entender as pessoas que seguiam pelos caminhos "errados", tentatva nao condenar ninguem logo de cara, mas acreditava que o tudo se dividia de forma simples em dois lados. Ai eu cresci e descobri que as vezes, como diz a musica do Skank, existem pelo menos tres lados.
E descubro que me sinto bem quando mando as favas todo o meu bom senso, quando faço coisas sem pensar muito. O problema que se voce e o tipo de pessoa que sempre pensa antes de agir, que têm o tal bom senso parece que as pessoas estao sempre te cobrando isso. Mas as vezes ate as pessoas racionais gostam de correr riscos, de se atrever, de cometer seus pequenos pecados. Como voce disse, Gika, nos tambem temos o direito de aproveitar a vida (Carpe Diem).
Agora, o que fazer quando um fato nao cria problemas para voce, mas para o outro?? Ai voce começa a se cobrar que deveria ter sido mais sensata...

domingo, junho 15, 2003

O que aconteceu com os acentos???
"...
Considerando a história, verificamos que duas fontes da moral orientaram as sociedades ate hoje: as religiões e a razão. As religiões continuam sendo os nichos de valor privilegiados para a maioria da humanidade. A razão, desde que irrompeu, quase simultaneamente em todas as culturas mundiais, no século 6 a.C., no assim cham,ado tempo do eixo (Karl Jaspers), tentou estatuir códigos éticos universalmente válidos. Esses dois paradigmas não ficam invalidados pela crise atual, mas precisam ser enriquecidos, se quisermos estar à altura das intimidações que nos vêm da realidade hoje globalizada.
A crise cria a oportunidade de irmos às raízes da ética e descermos àquela instância na qual se formam continuamente valores. A ética, para ganhar um mínimo de consenso, deve nascer da base última da existência humana. Esta não reside na razão, como sempre pretendeu o Ocidente. A razão não é o primeiro nem o último momento da existência. Por isso não explica tudo nem abarca tudo. Ela se abre para baixo de onde emerge, de algo mais elementar e ancestral: a afetividade. Abre-se para cima, para o espírito, que é o momento em que a consciência se sente parte de um todo e que culmina na contemplação. Portanto a experiência de base não é "penso, logo existo", mas "sinto, logo existo". Na raiz de tudo não está a razão ("logos"), mas a paixão ("pathos").
David Goleman diria: no fundamento de tudo está a inteligência emocional. Afeto, emoção -numa palavra, paixão- é um sentir profundo. É entrar em comunhão, sem distância, com tudo o que nos cerca. Pela paixão captamos o valor das coisas. E o valor é o caráter precioso dos seres, aquilo que os torna dignos de serem e os faz apetecíveis. Só quando nos apaixonamos vivemos valores. E é por valores que nos movemos e somos.
À deriva dos gregos, chamamos essa paixão de eros, de amor. O mito arcaico diz tudo: "Eros, o deus do amor, ergueu-se para criar a terra. Antes, tudo era silêncio, nu e imóvel. Agora tudo é vida, alegria, movimento". Agora tudo é precioso, tudo tem valor, por causa do amor e da paixão.
Mas a paixão é habitada por um demônio. Deixada por si mesma, pode degenar em formas de gozo destruidor. Todos os valores valem, mas nem todos valem para todas as circunstâncias. A paixão é um caudal fantástico de energia que, como águas de um rio, precisa de margens, de limites e da justa medida para não ser avassaladora. É aqui que entra a função insubstituível da razão. É próprio da razão ver claro e ordenar, disciplinar e definir a direção da paixão.
Eis que surge uma dialética dramática entre paixão e razão. Se a razão reprimir a paixão, triunfa a rigidez, a tirania da ordem e a ética utilitária. Se a paixão dispensar a razão, vigora o delírio das pulsões e a ética hedonista, do puro prazer. Mas, se vigorar a justa medida e a paixão se servir da razão para um auto-desenvolvimento regrado, então emergem as duas forças que sustentam uma ética humanitária: a ternura e o vigor.
A ternura é o cuidado com o outro, o gesto amoroso que protege. O vigor é a contenção sem a dominação, a direção sem a intolerância. Ternura e vigor, ou também "animus" e "anima", contróem uma personalidade integrada, capaz de manter unidas as contradições e se enriquecer com elas.
Aqui se funda uma ética, capaz de incluir a todos na família humana. Essa ética se estrutura ao redor dos valores fundamentais ligados à vida, ao seu cuidado, ao trabalho, às relações cooperativas á cultura da não-violência e da paz. ..."
Como fundar a ética hoje
, Leonardo Boffe, Folha de 14 de junho de 2003.
A volta, a maldade e a moral

"Quem sabe eu ainda sou uma garotinha
Esperando o ônibus da escola sozinha
Calçada com minhas meias três quartos
Rezando baixo pelos cantos, por ser uma menina ma
..."
Malandragem


Em que consiste a maldade?
Sera a transgressao da moral? Nesse caso, nao ha duvida que sou uma pessoa ma, pois ja desobedeci algumas regras morais ao longo dos meus 24 anos de vida.
Mas as regras morais foram ditadas pelos homens, sao formas de tentar tornar mais f?cil a nossa convivência em sociedade. E quase paradoxal o fato de que para tornar mais facil a convivência elas a tornam mais complicada, ja que vivemos a nos policiar para nao violar as regras ou entao nos culpamos quando o fazemos. O grande problema é que enquanto estamos quebrando as regras tudo parece valer à pena...
Voltando a questao da maldade, esta por vezes parece ser algo desumano. E desta forma o simples desrepeito a regras morais talvez nao faça de ninguém uma pessoa ma, ja que entendemos que é humano violar a maior parte da regras, pode até nao ser bom, mas é humano.
Talvez entao a maldade seja desrespeitar as regras de humanidade, mais do que as regras de convivência. Mas eu nao sei se existem tais regras de humanidade.
Pode a maldade ser a total falta de bondade?
Ou serei eu ma por ter transgredido a moral???

domingo, junho 01, 2003

Utilidade Pública

Sabe os Beatles? Sabe rock and roll?? Sabe música boa?? Sabe show intimista?? Sabe isso tudo junto mais comida boa??? Bom isso tudo pode ser encontrado no Fridays, um restaurante/lanchonete carinho, lá na longíqua Barra da Tijuca, no templo do consumismo que é o New Your Citty center. Mas, como tentei deixar claro no início, o preço dos deliciosos e fartos sanduíches e o fato de ser longe não são um problema porque ir assistir, quer dizer, ouvir (e cantar junto) a banda cover dos lendários Beatles, Túnel do Tempo é um dos melhores programas da semana. Altamente recomendado. Pena que agora eles só voltam lá promeio de junho. Foi meu programão da semana!!!

You think you lost your love
Well I found her yesterday
It's you she's thinking of
And she told me what to say
She said she loves you
And you know that can't be bad
She loves you
And youknow you should be glad
Post-desabafo de uma pseudo-blogueira que não escreve...

Depois da pequena tempestade (pequena só porque foram apenas dois meses de ilusão, então não posso elevar os acontecimentos a altos postos, mas, a tristeza que senti nada teve de pequena), estou vivendo a calmaria tácita. Tácita porque a minha leve indiferença é calculada. E de tanto calcular tem hora que eu tropeço. Também, como ser extremamente calculista quando você sabe que uma pessoa chegou apenas por sentir o seu perfume? Note-se que ninguém mais parece perceber o tal perfume como eu. Quem mandou subir tão alto na árvore, sem ter certeza se iria achar laranja boa lá em cima?? Não tinha laranja e eu ainda levei um tombo feio... Da próxima vez tentarei ir com menos sede ao pote, ou então tentarei ter certeza de que há realmente algo dentro do pote...

domingo, maio 11, 2003

Preciso dizer que te amo
Leo jaime

Quando a gente conversa contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer, me dá um medo, que medo
Eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que te amo, tanto

E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar ao teu lado
Você me chora dores de outro amor, se abre, e acaba comigo
E nessa novela eu não quero ser teu amigo, que amigo
Que eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que te amo, tanto

E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar ao teu lado
Você me chora dores de outro amor, se abre, e acaba comigo
E nessa novela eu não quero ser teu amigo, que amigo
Que eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que te amo, tanto


Eu não estou "amando", mas, sem dúvida essa música se encaixa perfeitamente. Sempre se encaixou. E o que mais desejo é poder trocar o meu repertório de músicas...

Someday...
I'll say goodbye to love....

Touro 11/05/2003
Escolha a autenticidade, mesmo que num primeiro momento essa prática resulte em distúrbios. Essa condição, apesar de desconfortável, é um bom primeiro passo, e também sua contribuição para desintegrar a ilusão.
Quiroga

A vida é para ser divertida. Problemas invariavelmente existirão, ficaremos tristes, choraremos, mas nesses casos também aprendemos alguma coisa para saber usar depois.

Eu realmente acredito nisso. E por isso mesmo estou descobrindo que tenho dificuldade para aprender algumas coisas. Na verdade uma coisa em especial: como fazer das paixões algo divertido. Porque isso é algo que não consigo. Mais uma vez me vejo chorando por alguém e, sinceramente, eu já não aguento mais isso.

Devo estar fazendo algo de errado, só que eu não consigo detectar onde está o erro. Acho que não são os homens, já me apaixonei por caras razoavelmente bastante diferentes uns dos outros. Talvez esteja almejando mais do que posso querer e acabo escolhendo, inconscientemente, homens mais bonitos, mais inteligentes, melhores do que eu. Talvez eu tenha que baixar meu nível (que eu não percebo como tão alto assim) e aceitar os caras que se interessam por mim, os quais, geralmente, eu não acho interessantes.

Essa deve ser a única solução. Porque, sinceramente, não aguento mais chorar por homens, não aguento mais fazer papel de boba (porque toda apaixonada é meio, bastante, boba), simplesmente não aguento mais não ser correspondida, não aguento mais viver de ilusões....

quarta-feira, abril 23, 2003

Inspirada na Cinderela, faço minha homenagem a São Jorge e de quebra a meu falecido avô Altamir que faria aniversário hoje...

Duas músicas que eu adoro!!!

LUA DE SÃO JORGE
Caetano Veloso


Lua de São Jorge, lua deslumbrante
Azul verdejante, cauda de pavão
Lua de São Jorge cheia, branca, inteira
Ó minha bandeira solta na amplidão
Lua de São Jorge, lua brasileira, lua do meu coração
Lua de São Jorge, lua deslumbrante
Azul verdejante, cauda de pavão
Lua de São Jorge, cheia, branca, inteira
Ó minha bandeira solta na amplidão
Lua de São Jorge, lua brasileira, lua do meu coração
Lua de São Jorge, lua maravilha
Mãe, irmã e filha de todo esplendor
Lua de São Jorge brilha nos altares
Brilha nos lugares onde estou e vou
Lua de São Jorge brilha sobre os mares, brilha sobre o meu amor
Lua de São Jorge, lua soberana
Nobre porcelana sobre a seda azul
Lua de São Jorge, lua da alegria
Não se vê um dia claro como tu
Lua de São Jorge serás minha guia no Brasil de Norte a Sul...



JORGE DE CAPADÓCIA
Jorge Ben


jorge sentou praça
na cavalaria
eu estou feliz porque eu também
sou da sua companhia

eu estou vestida com as roupas
e as armas de jorge
para que meus inimigos tenham pés
e não me alcancem
para que meus inimigos tenham mãos
e não me toquem
para que meus inimigos tenham olhos
e não me vejam
e nem mesmo um pensamento
eles possam ter para me fazerem mal

salve jorge
salve o jorge

armas de fogo
meu corpo não alcançarão
facas e espadas se quebrem
sem o meu corpo tocar
cordar e correntes arrebentem
sem o meu corpo amarrar

porque eu estou vestida
com as roupas e as armas de jorge

salve jorge
salve jorge

"eu estou vestida
com as roupas e as armas de jorge
para que meus inimigos
tenham pés e não me alcancem
tenham mãos e não me toquem
tenham olhos e não me vejam
e nem em pensamento possam me fazer mal"

salve jorge
salve jorge

terça-feira, abril 22, 2003

Ontem morreu a Nina Simone.

Hoje o Mauro Rasi.

Uma cantora de jazz e um dramturgo brasileiro. Os dois ótimos talentosos e reconhecidos em seus ofícios.

Duas grandes perdas para nós que por aqui continuamos...
Não, ainda não é meu aniversário (quinta-feira...), mas hoje pareceu que o inferno astral deu uma trégua. Porque desde quinta passada eu relamente estava me sentido imersa nele. Mas aí hoje eu achei minha carteira de indentidade médica que achava ter perdido (num canto do meu armário, já comentei que sou desorganizada???), teve expediente na enfermeria da UERJ (não sou muito chegada a feriados longos...) e eu ainda fiquei sabendo que um certo alguém não voltou do feriado com namorada (ha!!! passei o feriado inteiro tentando não pensar nisso. E aí hoje eu perguntei na lata pra ele. Se ele não se tocou que estou afim dele, não sei mais o que fazer. Mas acho que ele deve ter se tocado. Agora depende dele, acho que deixei claras minhas intenções, pelo menos o mais claras possíveis sem poder eser explícita, afinal estamos num ambiente de trabalho. Mesmo se não estivéssemos provavelmente eu não seria explícita.).
Nessas horas duvido do inferno astral e acredito mais que sou ciclotímica: simplesmente tenho variações constantes de meus níveis de serotonina, dopamina, noradrenalina e todos os outros neurotransmissores existentes. E com isso acordo bem nuns dias e mal em outros. Se bem que isso é ciência demais, deve haver uma explicação mais filosófica...

domingo, abril 20, 2003

Boa Páscoa!!!!
Contra Campo

Leitura básica de sempre para os que se encantam com o cinema, a Contra Campo está simplesmente essencial este mês. E não só para os cinéfilos. A pauta do mês é uma reflexão sobre o cinema americano e, por extensão, sobre a própria cultura e sociedade americanas. Os artigos estão ótimos. Destaque especial, como sempre, para o melhor crítico de cinema da atualidade (na minha insignificante opinião), o senhor Eduardo Valente!!!

Visitem e leiam!!!

sexta-feira, abril 18, 2003

Pessimismo...

Os sinais parecem dizer que vai dar certo, que existem chances, relativamente boas, dessa vez. Aí, do nada (para você que não é onisciente), tudo muda e você passa a acreditar na pior das possibilidades como a mais plausível de todas. Claro que isso não precisaria ser o fim, mas você é o tipo de pessoa que desiste fácil...

Também, quem mandou se deixar encantar tanto por uma pessoa no decorrer de um único mês???

domingo, abril 13, 2003

Porque será ...
Que estou sempre dando festas pra você dentro de mim
É sempre assim ...
Eu enfeito a minha casa com as flores que roubei do seu jardim

São os erros do desejo ...
Você está em tudo que eu vejo
E agora ...
Tudo parece menos real ...
Menos carnaval

Menos Carnaval Belô Veloso

E cá estou eu, mais uma vez, me deixando encantar por um certo alguém. Vou conhecendo-o e me encantando, com as coisas mais bobas e simples. E me vejo dividida não em duas, mas em três. Uma parte de mim teme, como sempre, que nada dê certo e eu acabe mais uma vez platônica e com um coração partido. Outra parte quer acreditar. E a terceira não quer pensar nem no passado nem no futuro, quer apenas aproveitar os pequenos momentos de flerte e encantamento, reais e palpáveis.

Não precisa ser muito inteligente pra saber qual a melhor opção das três. Mas, serei eu inteligente o bastante para fazer a escolha certa??

domingo, abril 06, 2003

4 semanas de residência, com a UERJ em greve. Sensação de deja vu, porque eu realmente já vi isso na UFF, principalmente na greve de 2001. Assembléias e mais assembléias em que nada é definido, apenas a continuação de uma greve que já não mobiliza nem a opinião pública, muito menos o governo de dona Rosângela Matheus. Saúde e educação deveriam ter outras formas de protesto e mobilização já que a greve só faz onerar ainda mais a população, que perde mais e mais seu direito de cidadania.
Touro 06/04/2003
A intuição anda mais rápido que a lógica. Contudo, é necessário ter cuidado para não confundi-la com as especulações irritadas da mente, que velozmente fazem parecer que reconhecem a verdade enquanto chafurdam na mentira. Quiroga

Acredito que se fosse capaz de me livrar de toda a minha ansiedade, seria capaz de utilizar essa tal intuição. Uma ou outra vez isso já aconteceu, mas na maior parte das vezes a ansiedade, que por vezes se transforma em medo, quase pânico, atrapalha tudo e meu racionalismo pessimista me faz perder chances no mínimo interessantes.

domingo, março 23, 2003

Há uma guerra no planeta Terra. Pensando bem, sempre há guerra no nosso planeta. É exatamente por isso que estou revendo minhas posições pacifistas. Como mostra "Gangues de Nova York", algumas guerras devem ser lutadas, posições devem ser tomadas, a partir do momento que aquilo pelo qual lutamos é algo em que acreditamos. O Contardo Calligaris, da Folha, vive dizendo que precisamos ser menos individualistas, precisamos ter algo pelo qual lutar.

Mas, alguém acredita na guerra contra o Iraque?? Nem os americanos devem acreditar nessa história de "Terror". Eles sabem que é uma guerra econômica e nada mais que isso. Saddam Husseim é um déspota, mas e o que os americanos, ingleses e quem quer que seja tem a ver com isso? A não ser o iraquianos, é claro. Mas o petróleo fica no território deles, e segundo o pensamento imperialista americano, o petróleo não pode ser dos iraquianos. O petróleo é dos americanos, quer dizer "do mundo".

E enquanto isso nós ficamos assistindo as imagens assépticas da guerra. Nada de feridos, nada de sofrimento, nada de humanidade, apenas fumaça no céu. (Meu desejo secreto: que aquela camerazinha que fica no alto do prédio do Ministério da Informação em Bagdá seja destruída o mais rápido possível, não vejo a hora de ver uma bomba cair em cima dela e nos livrar das imagens distantes e sempre iguais da cidade coberta de fumaça).

Pelo menos a Folha mostra imagens da guerra, de verdade. E tem o Sérgio Dávilla, lá em Bagdá, escrevendo sobre o que está vendo. Nada das imagens amadoras de videofone do Marcos Uchôa no Kuwait. Pobre Uchôa fazendo papel de iniciante...

domingo, março 09, 2003

A tensão entre o produtor e o diretor resultou num parto doloroso e num filme mais curto que o previsto. Não importa: encontra-se nas telas de cinema uma obra essencial. "Gangues de Nova York" é muito complexo e é preciso tempo para que ele se decante. Só depois as análises poderão alcançar sua verdadeira medida.
O filme faz História, História das multidões e dos esquecidos, História da violência e da corrupção, História dos antros mais escuros e imundos, dos ódios de raça e de clãs. História que expõe a democracia como simulacro. O filme pega pelo avesso os velhos mitos enérgicos americanos. Opões-se à saga do western e das planícies desejadas (a América, diz o cartaz, nasceu nas ruas), criando uma épica semelhante à dos grandes romances históricos que puseram em cena forças coletivas. Por destacados que sejam os protagonintas, eles terminam incorporando-se nas tramas dos movimentos gerais.
A História dos homens, no entanto, mostra-se, no universo de Scorsese, como o fluxo móvel diante de um fundamento sagrado e eterno. Como Robert Bresson, Scorsese é obcecado pela presença do mal no mundo, pela dificuldade de alcançar o divino, mesmo quando se age em nome dele. Num gesto simbólico, a Bíblia é atirada às águas. Os personagens mostram no corpo as marcas do martírio. Simpáticos ou não, eles se irmanam na mesma dificuldade em chegar à salvação.
Jorge Coli, no caderno Ilustrada da Folha, em 9 de março de 2003.


Assisti "Gangues de Nova York" há duas semanas e desde então penso no filme, em algo para falar e escrever, mas não consigo, exatamente por sentir que qualquer consideração que faça estará muiro abaixo de tudo que o filme representa. Jorge Coli traduziu um pouco dessa sensação. É um grande fime, um épico e ao mesmo tempo um filme atual, como muito poucos conseguem ser. Imperdível...
Touro 09/03/2003 Reinvente sua vida, crie, o que haveria de mais importante para fazer? Preocupar-se? Buscar prazeres impossíveis? Imaginar mundos inatingíveis? Aqui e agora você poderia reinventar sua vida, se assim o desejar. Quiroga.

terça-feira, março 04, 2003

"Nem todo pirata tem perna de pau
Olho de vidro e cara de mau"

Imperatriz Leopoldinense, Carnaval 2003

É Carnaval...

terça-feira, fevereiro 25, 2003

Touro 25/02/2003 A hora é errada só se você a considerar assim. As coisas acontecem quando acontecem, e as pessoas são livres para decidir o que fazer com elas. A responsabilidade de sua vida não é das circunstâncias, é toda sua. Quiroga, no Quiroga mesmo (mas também no Estadão).

Não houve nenhum acontecimento na minha vida por esses dias (ou pelo menos eu não percebi nada de diferente). Mas se e quando acontecer algo vou tentar me lembrar dessa pervisão. Se bem que eu sempre acreditei que "Quem sabe faz a hora", de forma que nunca existe hora certa ou hora errada. Só que tem uma parte de mim que teima em ver tudo pelo lado pessimista...

quarta-feira, fevereiro 19, 2003

Touro 19/02/2003 Os sincronismos que você trata como meras casualidades são, na verdade, sinais perfeitos que sua alma poderia utilizar para evoluir. A vida acontece enquanto você tenta obstinadamente fazer o que parece sensato.

Quiroga, no Estadão, traduzindo John Lennon de forma bastante direta para os taurinos.

Eu sempre tenho medo de estar querendo enxergar sincronismos em fatos que são nada mais que puras coincidências...

terça-feira, fevereiro 18, 2003

It's Going to Take Sometime
The Carpenters

It's going to take some time this time
To get myself in shape
I really feel out-of line this time
I really missed the gate

The birds on the telephone line (next time)
Are cryin' out to me (next time)
And I won't be so blind next time
And I'll find some harmony

But it's going to take some time this time
And I can't make demands
But like the young trees in the wintertime
I'll learn how to bend

After all the tears we've spent
How could we make amends
So it's one more round for experience
And I'm on the road again
And it's going to take some time this time

It's going to take some time this time
No matter what I've planned
But like the young trees in the wintertime
I'll learn how to bend

After all the tears we've spent
How could we make amends
So it's one more round for experience
And I'm on the road again
And it's going to take some time this time


Só que já tá levando 3 anos, descontando os anos de amizade, contando só apartir do fatídico momento que eu passei achar que ele era o homem da minha vida. Há 3 anos eu canto essa música... Acho que preciso de tratamento psiquiátrico...

segunda-feira, fevereiro 17, 2003

Momento Querido Diário...

Às vezes, muito raramente, eu tenho a impressão que a ignorância é a melhor saída. Que pode-se ser feliz sendo ignorante, que a sabedoria, de qualquer tipo, não só a inteligência mas o conhecimento puro e simples podem complicar a vida. Por que, de que adianta saber algo, se você não pode fazer nada, se não há como mudar a situação. Ou pior, se isso gera desejos e sonhos que não se realizarão, que não têm chances, mas que são mais fortes que a razão e teimam em se esgueirar por sua mente, levando a ansiedade vazia de algo que não vai acontecer.

Em suma: porque ele tinha de me dizer que terminou o namoro???

segunda-feira, fevereiro 10, 2003

Raiva subst. fem. Aquilo que se sente ao descobrir no extrato bancário que além de ter pago mais de 100% de juros em menos de 1 ano por uma dívida gerada pelo próprio banco (que cancelou meu cheque especial sem nenhum aviso e por isso fez-se a dívida), a idiota ainda teve de pagar mais de R$ 100,00 em taxas, mais uma vez, sem aviso nenhum.

Eu amo o Banco do Brasil.

sexta-feira, fevereiro 07, 2003

Todo Átila - ou Bush, Saddam, Kim Jong II - cedo ou tarde termina em arroz com peixe.

Grande conclusão a qual chegou Athur Dapieve, na sua coluna de hoje no Globo.
Filminho que dá susto e um certo medo...

O Chamado

Fui ao cinema assistir "O Chamado" levada pela propaganda e pela curiosidade gerada por esta. Seria esse um filme assim tão aterrorizante ou um simples terror juvenil? Não sabia muito da trama, fiz questão de me manter "no escuro" para poder garantir possíveis surpresas. Sim, eu gosto de tomar sustos, ou então não haveria porque de me interessar por um filme de terror em primeiro lugar.

E, sim, "O Chamado" me surpreendeu. Não por ter provocado sustos, eles até existem mas o filme não se constrói somente sobre eles. A direção de Gore Verbinky cria todo um clima estranho, "sinistro", como se durante todo o tempo você soubesse que há algo errado ali. A fotografia de poucos e escuros tons, a chuva constante, os poucos ambientes e os poucos personagens e a música incidental criam um clima de certa forma intimista apesar de também não nos envolver demais com os personagens. Fica claro que aquele é um filme de terror, um conto de terror e não interessa saber muito sobre os personagens, pois não é um drama. Isso fica ainda mais claro no final, quando por alguns momentos parece que o final não faz sentido exatamente porque os nossos três personagens parecem ter ganho muita importância. Sabemos que falta algo...

Os três personagens principais são uma jovem jornalista, Naomi Watts que neste filme lembra muito Nicole Kidman, seu filho, porque crianças são seres frágeis que nos sensibilizam, além de terem algum sentido mais aguçado que os adultos, e um ex-namorado que trabalha com vídeos. Podemos resumir o filme dizendo que é sobre essas pessoas tentando descobrir porque uma fita de vídeo com imagens toscas e estranhas pode levar as pessoas que a assistem a morrerem 7 dias depois. E o grande porém do filme é exatamente essa explicação, pois o roteiro deixa furos em relação a trama. Algumas coisas são sugeridas logo no início do filme, mas depois não há mais menção a elas e no final a trama toda não faz muito sentido. Não que isso atrapalhe muito o filme durante a sessão, atrapalha mais depois pois faz do filme apenas uma boa diversão. Durante as duas horas dentro do cinema você pode até saber que há pontas soltas, mas se diverte, essa diversão masoquista em que consistem os filmes de terror. Você fica com medo de qualquer forma, um medo de algo desconhecido que se consiste numa fita de vídeo. Não é a ansiedade de tomar logo o próximo susto, é um nervosismo, uma sensação incômoda de querer que algo não aconteça, mesmo não sabendo o que é esse algo. De alguma forma sabemos que essa coisa não é boa e aí está todo o porque do filme ser tão incômodo, o fato de haver algo que não é bom.

Apesar de ter várias cenas que parecem ser referências diretas a grandes filmes do gênero, como "O Iluminado" e "Poltergeist", ao final do filme eu me lembrei de "Sinais" de M. Night Shaymalan, apesar de ter me lembrado antes de "O Sexto Sentido" em função do garotinho. Mas o filme tem mais a ver com "Sinais" pelo clima de medo do desconhecido que cria, pela sensação de essa coisa desconhecida não é boa. Mas em "Sinais" nos envolvemos com os personagens, sabemos que há lago mais a ser contado que um história de terror. Como já disse, esse não é o caso de "O Chamado".

No final, é um filme de terror que cumpre o que promete, mesmo que pecando pelo roteiro. Você sai do cinema alerta a ponto de se assustar com um telefone tocando, com um espelho ou com a água parada em algum canto. Você recebe extamente aquilo pelo qual pagou na entrada do cinema. Só não sabe muito bem se quer voltar para uma próxima sessão, nem se será capaz de alugar o filme quando sair em vídeo... (Por sinal, ele teria funcionado ainda melhor se tivesse sido lançado só em vídeo, com uma campanha do tipo da "A Bruxa de Blair").

sábado, fevereiro 01, 2003

O todo poderoso George W. Bush é um estadista belicista, e ruim, na minha opinião sem imortância. Mas é tambem meio sem sorte. Podia ter passado sem esse triste desastre da Columbia no seu mandato.

Essas pessoas foram ao espaço, tiveram uma visão do nosso planeta e de uma pequena parte do universo que a maioria de nós apenas tem em sonhos ou filmes. Infelizmente não voltaram para contar. Mas eu acredito que deveriam estar bem de alguma forma, não se vai aonde poucos podem ir sem ganhar de alguma forma, seja conhecimento, paz ou algo mais.



Detalhes da tragédia aqui, na CNN Brasil.

sexta-feira, janeiro 31, 2003

Tristezas românticas...

Gostaria de me libertar de você. Nem sei se você sabe, mas você me tem. Ainda. O tempo , mesmo que nem tanto assim, passou. Aquilo que nem chegou realmente a existir terminou, mesmo assim você ainda me tem. Sem saber, sem querer. Eu até sei, mas também não quero. Só não sei como pedir minha carta de alforria. Até porque, longe, nem aprece que sou sua, ninguém nota, às vezes nem eu. Mas, nos poucos momentos em que estamos próximos, mesmo que no meio de muitos outros, não há dúvidas. Eu até tento disfaçar, mentir para mim mesma (aquela que segundo Renato Russo, é a pior mentira), mas a corrente invisível que me une a você é mais forte. E sempre, de alguma forma, acabamos próximos. Mais do eu racionalmente gostaria, menos do que eu realmente desejaria, ainda assim próximos. E tudo que eu realmente quero é me libertar, deixar de me importar. Com você. E com o que eu sinto por você. Poder ouvir as músicas, os cds que ficaram marcados pela aura que criei pensando em você.

Spider

Você vê o nome de David Cronenberg como diretor de um filme e pensa: mais um filme estranho e meio nojento. Lembra logo de "A mosca" ou "Gêmeos mórbida semelhança", ótimos filmes, mas sem dúvida muitos "estranhos" e com cenas que podem ser consideradas nojentas, por isso estão na seção terror de qualquer locadora.

Este "Spider" é ao mesmo tempo igual e diferente. Ele é estranho, a maior parte do filme nos perguntamos o que está acontecendo, não entendemos nada muito bem. Mas não tem cenas nojentas e isso ajuda a criar no espectador a devida noção de que o que estamos vendo é na verdade um drama, não um filme de suspense ou terror. Os outros filmes de Cronenberg eram também, na verdade, dramas sobre pessoas estranhas mas acabavam sendo entendidos por muitos como terror, pelas cenas quase escatológicas. "Spider" pode até ser considerado um suspense, pela trama que vai se desnrolando aos poucos e que só entedemos devidamente no final (mas sem momentos surpreendentes, sem clímax friamente calculado), mas no fundo, é um drama sobre um esquizofrênico que tenta entender sua vida.

Falar em personagem esquizofrênico faz lembrar "Uma Mente Brilhante", este sim drama com D maiúsculo. E se a comparação se torna inevitável, para mim, "Spider" ganha em todos os aspectos. Ganha por ser um filme mais sincero, mais real, sem glamourizar uma doença que no dia-a-dia nada tem de glamouroza, por ter um roteiro muito mais interessante e inteligente, por ser, no final das contas, um filme muito melhor. Só acho que não se pode comparar as atuações de Ralph Fienes e Russel Crowe, porque os dois estão perfeitos e muito dieferentes, não porque tenham estilos diferentes de representar, mas porque seus personagens têm doenças diferentes: o de Russel era um ezquizofrênico paranóide, o de Ralph é um ezquizofrênico hebefrênico, caso em que a doença compromete muito mais a vida da pessoa.

Mas se falamos da atuação perfeita de Ralph Fiennes, não há como esquecer a presença marcante de Miranda Richardson no filme. Revezando-se em 3 papéis, e sendo ao mesmo tempo uma só, ela é a chave para o entendimento do filme. Mas se o filme gira em torno principalmente de Ralph e Miranda, fazendo lembrar antigas teorias que culpavam a mãe pela esquizofrênia dos filhos (teorias que hoje não são aceitas e que no final o prório filme mostra não aceitar), o resto do elenco, com Gabriel Byrne, Lynn Redgrave e John Neville não passa desapercebido, sendo todos importantes ao longo do filme.

No fim, após duas horas tentando entender, junto com Mr.Cleg, o que acontece no filme, saímos do cinema não apenas com sensção de alívio de termos desvendado o mistério do filme, mas sabendo que a rel compreensão do filme é que ele é menos um ótimo suspense e sim um grande drama sobre um ser humano atormentado. E também um grande filme de Cronenberg, cheio de clima, com estranhesas, um roteiro impecável, mas também, e acima de tudo, cheio de sinceridade e humanidade.

Notinha: Hoje, na Maratona do Odeon, que rola das 23h de hoje até a amnhã de amanhã, vai ter "Scanners: sua mente pode destruir", do David Cronengerg na última sessão.

terça-feira, janeiro 28, 2003

Touro 28/01/2003
Por quais circunstâncias sua alma espera? Todas as cartas já estão na mesa do jogo, e o destino de felicidade que você deseja conquistar pode ser amassado com os recursos que estão disponíveis. Por que esperar então?
do Quiroga no Estadão.

Serei feliz, bem feliz?

segunda-feira, janeiro 27, 2003

Cheguei a esse teste (faz tempo que não coloco isso por aqui) a partir do wowblog, ao qual cheguei a partir do feira moderna. Agora há uma gravura de Van Gogh no pseudobloguinho...



the Which van gogh painting are you? quiz by bethany

sexta-feira, janeiro 24, 2003

Só mais uma coisa sobre o filme: o Domingos de Oliveira retrata a intelectualidade boêmia do Rio da mesma forma que o Wood Allen faz com a nova iorquina. Tam uns momentos que parece um Wood Allen carioca.

E tem a fuga para Paris, porque não deve haver coisa melhor do que curar dor de cotovêlo ou sanar dúvidas românticas do que fazê-lo em Paris (a Sabrina de Audrey Hepburn já sabia disso...). Ah, Paris....
Quem disse que as relações interpessoais, em especial as romanticas ou de amor, são simples?? Qualquer um com o mínimo de experiência, com pelo menos uma paixão de verdade no seu curriculum vitae, sabe que elas são qualquer coisa menos simples. Mas, por serem complicadas não quer dizer que não possam ter algo de mágico, hipnótico, por mais reais que sejam. E não quer dizer que não possamos ser felizes vivendo algo tão complicado, porque simplicidade pode até rimar com felicidade mas não é sinônimo.

O que queria dizer é que Separações, de Domingos de Oliveira (que agora tem outro filme em cartaz, Edu Coração de Ouro, de 1968, só na sessão de 13h do Odeon) é um bom filme sobre relacionamentos, honesto e feliz, com uma concessão ou outra, até porque a realidade também tem suas concessões de vez em quando...
Como meus poucos mas queridos visitadores podem ver lá em baixo (no banner próprio) a gatinha preta foi adotada. E seu novo pai é o autor do feira moderna, blog que eu só fui descobrir agora, infelizmente. Há tanta vida inteligente na internet e eu conheço pouco, pelo menos essas poucas são coisas muito boas.

quinta-feira, janeiro 23, 2003

Oh darling, darling
Stand by me...


Sessão da tarde, cortado (atualmente é quase impossível ver filme na tv aberta sem que este esteja cortado. Coração Valente foi decepado sem dó nem piedade no domingo retrasado.), mas mesmo assim eu chorei no final de Conta Comigo. Um dos filmes da juventude da minha geração, bom o bastante para ser filme da juventude de muitas gerações. Emocionante sem ser piegas, com doses de suspense (o livro original é do Stephen King, o que mais esperar??), aventura, e falando de adolescência e amizades (que se vão no dia a dia, mas ficam no coração), do ponto de vista de um escritor (tema recorrente nos livros de King, assim como o milharal, as cidades do sul, as recordações de crianças...) que se escreve um livro sobre um aventura da juventude, passada nos dourados" anos 50. Um pequeno grande filme!

Talvez um dia ainda escreva uma variante da última frase do filme, que será: "Eu nunca tive amigos depois como os que tive na faculdade. Jesus, alguém tem?" Porque acho que vivi minhas grandes aventuras nos meus 6 anos e meio de faculdade...

O original: I never had any friends later on like the ones I had when I was twelve. Jesus, does anyone?
Esse monstrinho fez 1 ano dia 20 e eu nem escrevi nada.

Até nisso eu me atraso. Como disse hoje na entrevista da Marinha, meu maior defeito é estar sempre atrasada! Na verdade não é o maior, há algo pior do que viver atrasada, mas na hora foi tudo em que consegui pensar. Agora também... Talvez seja viver a sonhar...

quinta-feira, janeiro 16, 2003

"Com 007 viva e deixe morrer num outro dia"

007 - Um Novo Dia para Morrer / 007 - Die another Day

À primeira vista o roteiro de "Um novo dia para morrer" é quase tão fantástico quanto o de "O Senhor dos Anéis". A cena de Bond surfando com o pedaço de um trenó de gelo numa onda criada pela queda de uma geleria quase faz você rir, não fosse pelo fato de que sua adrenalina está tão alta que não dá para rir, a não ser de nervoso. Em outras cenas a gente ri mesmo, como nos diálogos apimentados de Jinx e Bond. O fato é que este é um filme pipoca, que se assume pipoca, que não liga para o fato de que alguns elementos surgem meio do nada e que outros são incríveis demais como o carro invisível.

O roteiro poderia ser melhor, claro que sim, mas isso compromete menos do que poderia. E, frente a atual conjuntura mundial o roteiro ganha alguma credibilidade pois uma guerra contra a Coréia do Norte é possível, parece haver um ditador e seu filho no comando deste país (pelo menos é o que nos informam os jornais) e os ingleses realmente ainda querem policiar o mundo mas têm de responder ordens dos poderosos americanos. Então, o roteiro tem seus defeitos mas também algumas qualidades. Mas, de qualquer forma, sendo do jeito que é, o filme já é divertido pacas!!! Nada de tentar fazer as coisas parecerem verossimilhantes, nada de tentar imitar o estilo da época de Sean Connery, dessa vez o filme se quer interessante, ágil, charmoso, engraçado e consegue ser isso tudo.

A direção de Lee Tamahoshi é "modernosa", com cortes rápidos, estilo MTV, é sim, principalmente nas cenas de ação, mas funciona e isso é o que importa.

Pierce Bronsnam ainda é um ótimo James Bond, até melhor neste filme quando se mostra um pouco mais falível. O charme continua todo lá, mesmo com as rugas e alguns cabelos brancos, que talvez até adicionem mais charme. A Jinx de Halley Barry é uma personagem interessante, apesar de em alguns momentos parecer a Tomb Raider. Sua interação com Bond é ótima e deveria ser repetida.

Os vilões são maus e isso já é o bastante. As armas secretas continuam sendo incríveis e os personagens clássicos continuam lá, como M e Q, que não poderiam ser melhor representados do que por Lady Judi Dench e Jonh Cleese. Falando em elementos clássicos, sendo este o vigésimo filme de 007, há várias pequenas homenagens, citações à cenas clássicas da história da série cinematográfica que são uma diversão a mais.

Quanto a trilha sonora, que também tem sido muito criticada, digo que me assustei quando comecei a ouvir o tema "Die another day", principalmente porque não reconheci a voz de Madonna (ah! as novas tecnologias musicais...). Mas ao final da abertura (estilosa e diferente ao ser aproveitada para contar parte da história, no caso os meses de tortura de Bond) a música já tinha "grudado" nos meus neurônios e acabei gostando. O resto da trilha é também moderno e serve muito bem ao filme.

Critiquem o que quiserem mas lembrem-se: Diversão é solução, sim!!! E Bond ainda é James Bond!!

segunda-feira, janeiro 13, 2003

De repente, num momento nostálgico (deflagrado pelo episódio da morte do Pistoleiros Solitários no episódio de semana passada), resolvo procurar por alguns bons e velhos sites sobre Arquivo X. Fecharam, quase todos, nem existem mais. Achava que no mundo virtual as coisas continuavam para sempre, como livros e memórias.
Ledo engano, no fim, mesmo vivendo o futuro, ainda temos de nos agarrar ao velho sistema límbico para manter nossas memórias... Ou então viver salvando tudo, entupindo o cache de nossos de pczinhos...

Trust no one!

domingo, janeiro 12, 2003

Mantra das tardes de domingo:

Só a tvE salva!

Por Acaso (às 19:00h) é um programa imperdível. E tem outras coisas boas, que salvam os pobres que não têm tv a cabo dos Faustões e Gugus da vida...

( Hoje pelo menos tem Coração Valente na Globo. Vou chorar com o Robert de Bruce...)
Utilidade Pública



Ela é tão fofinha, se você tá só e precisa de uma companhia, adota ela, vai!!