Mais um escrito de plantão (tranquilo, como têm sido os domingos no IPUB). E escrever no plantão faz re-significar o nome deste blog. Escrevo, ainda e mais uma vez, mediada pelo afeto. Desfez-se uma fixação afetiva, a da fortaleza. Algo em mim talvez esteja mais fluído, preciso menos de fortes e barreiras aos encontros. Mas ainda com tendência a fixações libidinais.
Um encontro ótimo, ele é inteligente, charmoso, interessante. Eu nem vi a tarde passar, envolta na conversa, depois nos beijos e carícias. Quando acordei já era outro dia, na cama dele. Mas já era quase final da manhã, eu fui embora e não teve mensagem no dia seguinte. Nem uma assim por educação, tipo "foi bom te conhecer".
Vida que segue, assim é a fluidez dos amores líquidos de Bauman, intensificada pelos fantasmas virtuais que acabamos acessando: um nome no google e ele está ali, em textos, fotos, retalhos de história acadêmica. Se os aplicativos facilitam nos conhecermos (disse ele), dificultam esquecer (digo eu).
Vida que segue, mas se vão algumas lágrimas pela expectativa frustrada de, quem sabe, algum contato, um segundo encontro. Resta a lembrar da primavera que traz esperança de novos encontros e esperar que a música que me vem à cabeça seja substituída por outra em post futuro (ou não haverá post, posto que escrevo para elaborar as frustrações, a felicidade não precisa de elaboração, a felicidade é, como foi há uma semana): sei que amores imperfeitos, são as flores da estação.