Creio que a pergunta que fiz no texto passado (desnecessário dizer que foi inspirado pelo casamento de amigos. Ainda assim digo, mais para citar Clara e Gabriel e tornar pública uma homenagem às bodas de um belo casal.) foi ganhando pertinência após escrita. Para mim mesma. Dois filmes do Festival do Rio (desnecessário recomendar, não é?) fizeram com que me lembrasse dela. Hoje, "Pra que serve o amor só em pensamento", belo filme sobre adolescentes que descobrem as dores do amor. Ontem, "Antes do por do sol". Linda, linda, linda continuação do tão lindo quanto "Antes do amanhecer". Um filme sobre um reencontro. Mas não um reencontro que reprisa os acontecimentos de 9 anos antes, de dois adolescentes. É mais uma renovação. Uma segunda chance sem o peso de um possível erro da primeira. Não são os erros da vida que importam para Celine e Jesse. São os acertos. É a felicidade simples de estarem juntos, mais uma vez. De terem, sim, um grande amor. Não se reencontraram 6 meses depois, não se casaram ou foram felizes para sempre. Tudo isso é ruim, sem dúvida. Mas no pouco mais de uma hora que têm juntos em Paris o amor supera todas essas tristezas e nem pensam nelas. Nem na separação por vir. Pensam, ou melhor, vivem eles mesmos. São livres naquele período. São a prova da liberdade do amor. E mais um exemplo de que não se ama, depois de adulto, da mesma forma que aos 17 anos (ou na adolescência, ja que eles tinam mais idade quando do primeiro filme). Eles amam agora pelo amor que encontraram um no outro (e em si mesmos) na adolescência.
Talvez 17 anos seja a idade de se encontrar o grande amor...
Mas, amor é para ser encontrado ou vivido?
Não sei. Mas sei que viver não se resume aos 17 anos.
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