Tenho uma fitinha azul do Senhor do Bonfim amarrada em meu pulso esquerdo. Daquelas que são oferecidas aos montes em Salvador, ao troco de que o turista deixe algum troco pelas fitinhas. Ainda que a elas não sejam vendidas e sim oferecidas, no final pedem a "ajuda".
Eu já fui a Salvador, mas minha fitinha azul no pulso esquerdo não me foi presenteada lá. Eu até ganhei uma lá, rosa, está amarrada em uma bolsa que usava no dia. As coisas das quais somos capazes de lembrar... Um determinado momento e uma fitinha rosa.
Mas a rosa está na bolsa, no pulso tenho a azul. E quando amarrei a azul, aqui no Rio, oferecida como lembrança por uma amiga que fora a Salvador mais de um ano depois da minha estada, bem, quando amarrei a fita eu fiz o que me disseram para fazer.
Eu fiz pedido. Um desejo.
Foi por isso que em Salvador, a terra das tais fitinhas, não amarrei nenhuma ao pulso. Fui sensata em não fazer pedidos. Eu já tivera minha cota de desejos naquele momento, melhor não exagerar. E de qualquer forma, ter uma esperança de desejo amarrada ao seu pulso, como lembrança concreta do desejo, parece um fardo. E desejos não devem ser fardos, pesos, ainda que sejam trabalhosos.
E eu ainda tenho essa fitinha azul, já desbotada, puída, amarrada ao meu pulso, três anos após o amarramento ao pedido. Nem o desejo se realizou, nem eu tive coragem de arrancar a fitinha. Isso vindo de alguém que discute a fé deixa claro que há algo de místico e sagrado que persiste à lógica e à ciência.
Persiste também o desejo.
Já quis arrancar a fita, por raiva, por não me importar, por não combinar com a roupa.
Mas ela persiste. Já puída. Até quando?
Eu já fui a Salvador, mas minha fitinha azul no pulso esquerdo não me foi presenteada lá. Eu até ganhei uma lá, rosa, está amarrada em uma bolsa que usava no dia. As coisas das quais somos capazes de lembrar... Um determinado momento e uma fitinha rosa.
Mas a rosa está na bolsa, no pulso tenho a azul. E quando amarrei a azul, aqui no Rio, oferecida como lembrança por uma amiga que fora a Salvador mais de um ano depois da minha estada, bem, quando amarrei a fita eu fiz o que me disseram para fazer.
Eu fiz pedido. Um desejo.
Foi por isso que em Salvador, a terra das tais fitinhas, não amarrei nenhuma ao pulso. Fui sensata em não fazer pedidos. Eu já tivera minha cota de desejos naquele momento, melhor não exagerar. E de qualquer forma, ter uma esperança de desejo amarrada ao seu pulso, como lembrança concreta do desejo, parece um fardo. E desejos não devem ser fardos, pesos, ainda que sejam trabalhosos.
E eu ainda tenho essa fitinha azul, já desbotada, puída, amarrada ao meu pulso, três anos após o amarramento ao pedido. Nem o desejo se realizou, nem eu tive coragem de arrancar a fitinha. Isso vindo de alguém que discute a fé deixa claro que há algo de místico e sagrado que persiste à lógica e à ciência.
Persiste também o desejo.
Já quis arrancar a fita, por raiva, por não me importar, por não combinar com a roupa.
Mas ela persiste. Já puída. Até quando?
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