Viver às vezes me parece ser um simples exercício de fina irônia. A "coisa" (força, energia, destino, Natureza, Deus) que comanda a tudo ou que pelo menos determinou o início (porque houve um início e eu ainda não consigo entender um início do nada, então, tenho que acreditar que havia algo, se não há...) tem o dom da ironia. Ás vezes é difícil perceber a ironia quando se esta no meu de uma determinada situação, assim como quando fazem uma pirada irônica sobre nós. Mas se for possível, em algum momento, parar e observar boa parte das situações da vida, percebesse que por pior que sejam, há algo de muito engraçado nelas. Por isso a comédia é um genêro básico das artes.
A ironia (ou pelo menos uma delas) atual da minha vida é que estou imersa em situações dignas do velho (nem tanto) Barrados no Baile. Quem vai ficar, já ficou ou quer ficar com quem. Isso num ambiente que deveria ser de trabalho, mas parece mais de faculdade. Não é uma crítica destrutiva, até porque, eu faço parte (ativa!) dessa ciranda, mas acho que pode ser bom parar para perceber as coisas. Não me impede de continuar fazendo o que faço, mas quem sabe pelo menos faça melhor. E isto significa, não magoar pessoas no caminho. Sempre o mais importante é buscar a felicidade, mas sem que isso fira a felicidade dos outros.
mas às vezes a gente faz pequenas besteiras, meio sem querer, por pura falta de senso crítico no momento. Às vezes parar para pensar por 1 minuto é a coisa mais importante que podemos fazer. E isso geralmente ocorre quando não há grandes emoções envolvidas (quando elas existem falam por si próprias, se auto justificam e pensar não é importante), é quando simplesmente nos deixamos ser um pouquinho inconsequentes. Mas esquecemos dos amigos ou colegas que podemos ferir, ainda que sem querer...
Mas, por pior que seja a pequena tragédia (e não é tão grande, espero eu) há toda uma grande ironia intrinseca. Digna de um filme!! (Só falta aprender a escrever roteiro!)
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