E então é isso mesmo. Anakin Skywalker se tornou Darth Vader por ter suas fraquezas manipuladas por Palpatine. Mas o interessante é que estas fraquezas não eram sede de poder, arrogância (em determinado momento o próprio Yoda é chamado de arrogante), não eram sentimantos considerados "ruins". Pelo contrário, a fraqueza de Anakin é seu amor, sua doação extrema a Amigdala, seu medo de perdê-la. Muito humano, me parece. É até fácil entender Anakin e sua escolha errada. Pois os Jedis chegam a parecer frios no seu desapego, sua raiconalidade, sua capacidade de pensar num bem maior, para além dos indivíduos. Entendemos quando Obi-Wan diz que Palpatine é mal e Anakin responde que do ponto de vista dele os Jedis é que são maus. Naquele momento, o ponto de vista dele até faz sentido. Frente ás conseqüências posteriores de tudo, sabemos como ele está errado. Mas ele não tinha como saber. O grande erro de Anakin acaba sendo sua escolha, que é mediada pela paixão. E a linha entre bem e mal, bom e ruim acaba parecendo muito tênue. No final, sabemos que Amigdala está certa ao dizer que há algo de bom em Anakin. Tanto que é isso que irá salvar todos em O Retorno de Jedi. Não esqueçamos que é Anakin/Drath Vader quem joga o Imperador da nave. Só ele tem a ira para matar. E só seu filho, Luke, terá a compaixão para salvá-lo.
Ainda que pareça um filmão B, com uns diálogos meio toscos, de alguma forma Star Wars guarda uma mitologia realmente envolvente, emocionante e inteligente. E que faz todo o sentido neste último filme. Não dá pra explicar como este que é apenas o terceiro filme é ao mesmo tempo o último. Só vendo para entender.
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