sábado, junho 29, 2002

Muitos a minha volta estão amando. Primeiros amores, grandes amores, paixões de ocasião, parace que muitas das pessoas queridas estão encontrando um (ou o) alguém com quem curtir a vida.

Ainda assim, outras pessoas queridas estão sozinhas (eu mesma me incluo nesse grupo).

Mas acho a música que segue fala a todos: aos amantes, aos amados e aos...

Futuros Amantes
Chico Buarque


Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de antiga civilização

Não se afobe, não
Que nada é prá já
Amores serão sempre amaveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que um dia
Deixei pra você


(Essa visão de Chico Buarque é perfeita. Não é difícil imaginar o Rio - essa cidade que apesar de todas as mudanças, de toda a violência dos dias atuais, permance com uma aura romântica - como uma Atlântida, cheia de mistérios, cheia de histórias submersas a serem descobertas por civilizações futuras...)