sexta-feira, janeiro 14, 2005

20 anos de Rock In Rio (assim me disse um cartaz) e não temos um Rock In Rio no Rio (e isso não é redundância, já que tivemos um em Lisboa...) para comemorar decentemente. Os lucros talvez sejam mais importantes que o ideal de um festival de rock com milhares de pessoas ao ar livre alegres (e eu garanto que pelo menos o último foi assim). Uma pena... :( :(
Assim falou Nietzsche (no prólogo de A Gaia Ciência)

"Talvez não baste somente um prólogo para este livro; e afinal restaria sempre a dúvida de que alguém que não tenha vivido algo semelhante possa familiarizar-se com a vivência deste livro mediante prólogos. Ele parece escrito na linguagem do vento que dissolve a neve: nele há petulância, inquietude, contradição, atmosfera de abril..."

"... Toda filosofia que põe a paz acima da guerra, toda ética que apreende negativamente o conceito de felicidade, toda metafísica e física que conhece um finale, um estado final de qualquer espécie, todo anseio predominantemente estético ou religioso por um Além, Ao-lado, Acima, Fora, permitem perguntar se não foi a doença que inspirou o filósofo. O inconsciente disfarce de necessidades fisiológicas sob o manto da objetividade, da idéia, da pua espiritualidade, vai tão longe que assusta..."

"... essa vontade de verdade, de "verdade a todo custo", esse desvario adolescente no amor à verdade - nos aborrece: para isso somos demasiadamente experimentados, sérios, alegres, escaldados, profundos... Já não cremos que a verdade continue verdade quando se lhe tira o véu... Hoje é, para nós, uma questão de decoro não querer ver tudo nu, estar presente a tudo, compreender e "saber"tudo. [...] Devíamos respeitar mais o pudor com que a natureza se escondeu por trás de enigmas e de coloridas incertezas..."


Bom, eu não me acho capaz de saber toda a verdade, mas ainda sou jovem (ou "adolescente desvairada") o bastante para acreditar na sua busca...

quinta-feira, janeiro 13, 2005

"Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade
Tudo está perdido mas existem possibilidades"
Sereníssima, Legião

Porque apesar de tudo, a esperança continua...!
Porque temos de destruir um cometa para estudá-lo?
Tenho pensado na teoria do "Bom Selvagem", quase tentada a acreditar nela. Olhar minha cidade por janelas de onibus é constatar como modificamos de forma brutal a natureza, o mundo em que vivemos. Observar cidades como o Rio de Janeiro pode ser quase assustador: concreto, fumaça, prédios, carros, pessoas apressadas, assustadas. É claro que sempre (ou talvez seja "ainda") há a Baia de Guanabara, linda mesmo que poluída (mas já melhorou muito), as praias, a cadeia de morros, a Quinta da Boa Vista, a Floresta da Tijuca e são esses lugares que ainda fazem a vida no Rio valer (e muito!!) a pena (tá, a vida cultural também!). Mas esses locais naturais parecem ficar cada vez mais distantes, cercados por concreto por todos os lados. Deve ser implicância minha mas será que estamos mesmo evoluindo?? (Para a auto-destruição??)

terça-feira, janeiro 11, 2005

Hoje é Dia de Maria
(Finalmente!!! Trabalho do Luis Fernando Carvalho é sempre algo a ser esperado e assistido com gosto.)
É a razão nossa capacidade soberana? Estaremos fadados, tal qual em A.I., a sermos substituídos, ou talvez evoluirmos para seres biotecnológicos, racionais por excelência? Conseguiremos nos livrar desse "sintoma" chamado afeto?
Ainda que sim, isso tornará essa nova espécie melhor, pior ou só diferente??
"De repente, não mais que de repente."