quinta-feira, fevereiro 28, 2002

Essa música é de uma simplicidade incrível, já que é uma música infantil. Mas ainda assim me parece mais bonita e mais profunda que muitas músicas "adultas"...

Coração
Turma do Balão Mágico


Pra cantar
Pra brincar
Pra dançar
E até dormir
Sempre
É sempre assim
Você mora
Dentro de mim

Quero ouvir tua voz
Me falar de namorar
Quando, coração,
Você pensa se apaixonar?

Uma vez pensei
E quase te falei
Que o amor
Chega sem avisar

Coração, coração
É tão bom o teu calor
Vem cantar pra mim
Tua linda canção de amor

Se eu sorrir
Se eu chorar
Se eu mentir
Amigo meu
Sempre
Coração
Você sabe
Você e eu

Então olha amigão
Você vai dizer pra mim
Diga: sim ou não
É verdade que o amor tem fim?

Uma vez pensei
E quase te falei
Que um amor
Nunca vai ser ruim

Coração, coração
É tão bom o teu calor
Vem cantar pra mim
Tua linda canção de amor


Lembram da Simony e Jairzinho, crianças? Ele até que se tornou um bom músico, mesmo que não esteja nas "paradas de sucesso". Ela trilhou outros caminhos...

Visitei o www.infancia80.com.br, site, evidentemente, dedicado a tudo que marcou a vida de quem tinha entre 0 e 15 anos durante a década de 80. Jogos, programas de tv, filmes, quase tudo tem lá. É um site extremente nostálgico e eu, que já vivo entre o mundo da lua e o passado, fiquei pesando no quanto a infância é uma época boa. Talvez até a melhor época da vida, dependendo da história da sua vida, é claro.

Evoluir é bom, é necessário. Ao contrário de uma amiga minha eu acredito que nós temos a chance de nos tornarmos melhores com o passar do tempo, é para isso que estamos aqui. Mas se por um lado devemos amadurecer, aprender a lidar com o mundo à nossa volta, tornarmo-nos seres que sabem usar sua inteligência e sua independencia, por outro também acredito que existe algo da infância que é bom mantermos. A capacidade de nos surpreendermos, de nos admirarmos com o mundo à nossa volta é muito importante para que não comecemos a achar tudo extrememente tedioso, sem graça.

A partir do momento que começamos a olhar a vida com o olhos cansados, como quem já sabe tudo e nada mais tem para aprender, a vida talvez perca o sentido e a graça. Vagar pelo mundo apenas ensiando os outros (se se chegar a tanto) ou gabando-se da própria sapiência me parece ser uma experiência um tanto ao quanto vazia...

terça-feira, fevereiro 26, 2002



Eu queria que fosse a Bela, pois adoro ela. Mas a Jasmine também tem bastante personalidade, não dá pra negar. Só teria ficado meio chateada se fosse a Branca de Neve, porque ela é uma Amélia, vive para cozinhar, arrumar a casa e esperar o marido. Fiquei surpresa quando cheguei a essa conclusão sobre a Branca de neve, quando revi o desenho há dois anos. Branca de neve era uma Amélia... Cheguei a imaginar se Walt Disney não tinha se inspirado na canção de Ataulfo Alves e Mário Lago.

Mas é bom ver que os desenhos da Disney, mesmo sendo contos de fadas, evoluíram e hoje mostram mulheres que não ficam à espera de príncipes encantados par salvá-las. Elas estudam, leêm, pensam, enfim, vivem para algo além de seus homens... ;-)

domingo, fevereiro 24, 2002

Onze homens e um segredo/ Ocean's Eleven

Diversão e charme. Estas são as palavras que melhor definem Onze homens e um segredo. É um filme charmoso do início ao fim, e em praticamente todos seus detalhes. Um filme no qual você sente que aquelas pessoas na tela (e por trás dela) se divertiram, e no qual você também se diverte. Tudo isso graças a um ótimo trabalho de equipe de atores, diretor, roteiro, trilha sonora e montagem, e todos os outros responsáveis pelo filme.

George Clooney é charmoso por natureza, então, é claro que esse filme caiu como um luva para ele (e foi ele que primeiro teve a idéia do remake, após ler o roteiro), principalmente sendo dele o papel de Daniel Ocean, o cara que sai da prisão e resolve chamar os amigos para passar o tempo e arquitetar um roubo ousado de três cassinos de Las Vegas. Brad Pitty trabalha como há muito não fazia e junto com Clooney protagoniza alguns dos melhores diálogos do filme, a dupla tem um entrosamento invejável.

Mas não só os dois astros se sobressaem, todo o elenco dos 11 amigos de Ocean tem direito a brilhar. Dentre eles Matt Damon, ótimo como o novato que tem de provar que não vive à sombra do pai; Don Cheadle, divertidíssimo como o especialista em explosivos; Carl Reiner, o veterano picareta que sofre de úlcera; e ainda Elliot Gould, Bernie Mac, Scott Caan, Casey Affleck e Shaobo Qin, este um acrobata do circo chinês! Soderbergh mostra, mesmo num filme-pipoca, porque é considerado um ótimo diretor de atores, fazendo com que todos apareçam e mostrem seu valor.

O único porém fica por conta de Julia Roberts e Andy Garcia, falta charme aos dois, exatamente o mesmo charme que transborda em todos os outros atores. Talvez porque Andy Garcia seja o rival de Clooney, e Julia a garota que trocou Daniel Ocean por seu rival, eles não sejam tão carismáticos, porque nesse filme, os caras legais, goste você ou não, são os ladrões, não os caras “certinhos”!!

O que mais falar sobre Steven Soderbergh? Alguém duvida que ele é um ótimo diretor? Talvez um dos melhores da atualidade? Ele consegue passar de filmes pequenos para blockbusters com maestria. E consegue fazer dos filmes pipoca algo que apesar de ser escapismo, entretenimento puro e simples, não fere a inteligência do espectador. E, acima de tudo, ele promove duas horas di-ver-ti-dís-si-mas, para fazer até o mais chato dos intelectuais lembrar que cinema também pode ser diversão pura e simples, conatanto que o filme seja bom.

O roteiro, mesmo se aproveitando da idéia original do Onze homens e um segredo de 1960, é bastante atual e guarda muitas surpresas e reviravoltas, até para quem assistiu o filme com Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr e compania. Há os elementos básicos dos atuais filmes de grandes roubos: aparatos técnicos, espionagem, jogo de gato e rato. Mas tudo isso com um ritmo que remete ao que há de mais básico no cinema: a capacidade de contar uma história e entreter o público. O filme mantém o interesse o tempo todo, e não lança mão de surpresas só para isso, pois há ótimos diálogos, que mantêm o ritmo do filme. As surpresas até existem, e são inteligentes, pouco previsíveis e servem muito bem ao filme, principalmente por não serem o seu único trunfo (o que por vezes acontece nesse tipo de filme).

E se falamos de ritmo, charme e diversão, a trilha sonora não poderia ser outra se não jazz. A música é outra aliada da história dos onze amigos, emoldurando perfeitamente todos os momentos do filme, principalmente o roubo em si. Música e cenas estão tão bem conjugadas que um completa o outro e quase não existe sem o outro. É difícil lembrar do filme sem lembrar da trilha sonora, você vê as cenas e quase vê as notas musicais como atuando no filme.

A procura de duas horas de diversão inteligente, feita com intuito de fazer você esquecer dos problemas e mergulhar numa boa história? Saia da frente da tv ou computador e vá ao cinema assistir ao roubo arquitetado por Daniel Ocean e seus amigos. Aposto que você não vai se arrepender!