sexta-feira, janeiro 24, 2003

Só mais uma coisa sobre o filme: o Domingos de Oliveira retrata a intelectualidade boêmia do Rio da mesma forma que o Wood Allen faz com a nova iorquina. Tam uns momentos que parece um Wood Allen carioca.

E tem a fuga para Paris, porque não deve haver coisa melhor do que curar dor de cotovêlo ou sanar dúvidas românticas do que fazê-lo em Paris (a Sabrina de Audrey Hepburn já sabia disso...). Ah, Paris....
Quem disse que as relações interpessoais, em especial as romanticas ou de amor, são simples?? Qualquer um com o mínimo de experiência, com pelo menos uma paixão de verdade no seu curriculum vitae, sabe que elas são qualquer coisa menos simples. Mas, por serem complicadas não quer dizer que não possam ter algo de mágico, hipnótico, por mais reais que sejam. E não quer dizer que não possamos ser felizes vivendo algo tão complicado, porque simplicidade pode até rimar com felicidade mas não é sinônimo.

O que queria dizer é que Separações, de Domingos de Oliveira (que agora tem outro filme em cartaz, Edu Coração de Ouro, de 1968, só na sessão de 13h do Odeon) é um bom filme sobre relacionamentos, honesto e feliz, com uma concessão ou outra, até porque a realidade também tem suas concessões de vez em quando...
Como meus poucos mas queridos visitadores podem ver lá em baixo (no banner próprio) a gatinha preta foi adotada. E seu novo pai é o autor do feira moderna, blog que eu só fui descobrir agora, infelizmente. Há tanta vida inteligente na internet e eu conheço pouco, pelo menos essas poucas são coisas muito boas.

quinta-feira, janeiro 23, 2003

Oh darling, darling
Stand by me...


Sessão da tarde, cortado (atualmente é quase impossível ver filme na tv aberta sem que este esteja cortado. Coração Valente foi decepado sem dó nem piedade no domingo retrasado.), mas mesmo assim eu chorei no final de Conta Comigo. Um dos filmes da juventude da minha geração, bom o bastante para ser filme da juventude de muitas gerações. Emocionante sem ser piegas, com doses de suspense (o livro original é do Stephen King, o que mais esperar??), aventura, e falando de adolescência e amizades (que se vão no dia a dia, mas ficam no coração), do ponto de vista de um escritor (tema recorrente nos livros de King, assim como o milharal, as cidades do sul, as recordações de crianças...) que se escreve um livro sobre um aventura da juventude, passada nos dourados" anos 50. Um pequeno grande filme!

Talvez um dia ainda escreva uma variante da última frase do filme, que será: "Eu nunca tive amigos depois como os que tive na faculdade. Jesus, alguém tem?" Porque acho que vivi minhas grandes aventuras nos meus 6 anos e meio de faculdade...

O original: I never had any friends later on like the ones I had when I was twelve. Jesus, does anyone?
Esse monstrinho fez 1 ano dia 20 e eu nem escrevi nada.

Até nisso eu me atraso. Como disse hoje na entrevista da Marinha, meu maior defeito é estar sempre atrasada! Na verdade não é o maior, há algo pior do que viver atrasada, mas na hora foi tudo em que consegui pensar. Agora também... Talvez seja viver a sonhar...