sábado, fevereiro 02, 2002

Acabei de descobrir que a personagem de Julie Andrews em O Diário da Princesa se chama Clarisse (isso eu já sabia) Renaldi. É quase o meu nome, Clarisse Rinaldi Salles de Santiago!!!!

Me desculpem todos os ótimos filmes em cartaz no Rio que eu ainda não assisti ( como "História Real", "O Fio da Inocência", "Terra de Ninguém"), mas eu tenho de ver um filme em que a personagem da Julie Andrews (eu adoro "A Noviça Rebelde", admito, sei cantar todas as músicas e sempre revejo!!) tem quase o meu nome!!

E em alguns sites aparece como Clarisse Rinaldi!!! =) =)

Adorei!!!!!
Bloody brilliant!! And perfect! =)


By Meeki

Take the Test now!

Teste descoberto graças ao blog da Velvet Kitty.
Quase Famosos/ Almost Famous

Faz quase um ano que assisti esse filme. Agora me vejo lendo o roteiro (cortesia da Cecília) e é incrível como as cenas aparecem em minha mente. Cenas e emoções, pois Quase Famosos é um filme emocionante! É difícil imaginar que alguém criado no mundo ocidental dos últimos 50 anos, assimilando a cultura pop, o rock, ou mesmo simplesmente alguém que tem um ideal de vida não consiga se emocionar com a história do garoto de 11 anos que encontra o sentido de sua vida (que seria ser jornalista, escrever e viver música, mais especificamente, rock) ao seguir o conselho da irmã e ouvir o album Tommy (a ópera rock do The Who) com uma vela acesa.

Ah, sim! O filme se passa no início dos anos 70. Claro! Quando mais, no século XX, poderia ser contada uma história romântica sobre seguir seus ideais? De alguma forma o mundo era mais inocente e receptivo naquela época. Não era perfeito, mas era mais fácil acreditar que ele poderia vir a ser perfeito. E assistindo "Quase Famosos" você tem certeza disso.

Mas não é só o roteiro que faz dele um dos melhores filmes de 2001. A direção, de Cameron Crowe (assim como o roteiro, que é "ligeiramente" autobiográfico), consegue tirar nostalgia e poesia de cada cena. Não há desperdício no filme, tudo é importante. As cenas de shows parecem transpor para fora da tela a energia de se estar realmente lá. A trilha sonora, bem, veja e ouça o filme! É uma pequena aula sobre rock and roll!

Ao lado de "Velvet Goldmine" este é um filme que retrata uma época, sem ser datado. Fala diretamente ao coração de todos que são capazes de acreditar que música, palavras, imagens são capazes de mudar o curso de uma vida e até da história do mundo. Se para você a vida se resume a trabalho, produção, resultados concretos, talvez você não entenda nada. Mas mesmo assim, dê-se a chance de descobrir a magia contida num show de rock, ou pelo menos num pequeno grande filme sobre rock'n roll, ideais, sonhos e vida.

"It's all happening!"

sexta-feira, fevereiro 01, 2002

Eu gosto muito mais do livro do que do filme (que é legal) e adorei esse resultado de qualquer jeito! =)


Which John Cusack Are You?

Do Inferno/ From Hell

Eu, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de ler a graphic novel de Alan Moore. Provavelmente, devido ao lançamento do filme, isso irá acontecer.
De qualquer forma, conhecendo um pouquinho do universo de "revistinhas de quadrinhos" em geral, foi possível reconhecer o quanto o filme tenta ser fiel à obra original. Pelo menos na fotografia, nos ângulos de camera, cenários, reconstituição de época, enfim, no "clima"criado por ruas londirnas (na verdade Tchecas) esfumaçadas, escuras e frias. E talvez essa seja a maior qualidade de "Do Inferno", aliada às atuações, claro! E à história, ficctícia, sobre quem foi e como teriam sido as investigações da polícia londrina para descobrir quem era o homem que matava prostitutas no fim do século XIX, e ficaria conhecido para sempre como "Jack, o estripador". É uma história que intriga o mundo há mais de um século, revisitada várias vezes, mas ainda um ótimo argumento inicial para um bom suspense.

Os irmãos Hughes fazem um filme no mínimo interessante, e até certo ponto instigante. Começa muito bem, mostrando como a polícia londrina ficou perplexa diante dos assassinatos cometidos por Jack. Pena que perca um pouco da força a partir da metade final, quando o mistério é solucionado. Entretanto, até chegar nesse ponto o filme já se fez valer!

Não só por todo o trabalho de reconstrução que os diretores fizeram, mas também pelas atuações. São ótimos atores em cena, incluindo um Johnny Depp mais que inspirado! Ele está a perfeita encarnação de um anti-herói romântico, um investigador da polícia inglesa, viciado em laúdano e absinto, que tem um poder paranormal que o ajuda a solucionar crimes, mas ainda assim um cavalheiro!
Mas outros atores também têm sua chance de aparecer. Robbie Coltrane mostra que é capaz de ser alguém além do bondoso Hagrid de "Harry Potter". Ian Holm nada tem de Bilbo Bolseiro aqui, e está muito bem. E também a Heather Graham marca sua presença.

Ao fim do filme, ficou uma sensação de que poderia ter sido melhor. Mas sendo o que é, "Do Inferno" já um bom filme!
Tudo a ver... =)



terça-feira, janeiro 29, 2002

Well, Well...

Depois de ficar pensando (ou pelo menos tentar) sobre política, globalização, poder do povo e afins, acabei de descobrir que sou um Mc Lanche Feliz...

Deprimente, mas tenho de aceitar o que sou... ;-)

I took the McDonalds test, and guess what I got?





You can take the
McDonalds Product Test
by Matio64
here!



"Além disso, segundo a pesquisa apresentada por Kofi Annan à ONU durante a Assembléia do Milênio, dois terços dos cidadõas do mundo (incluindo os das democracias ocidentais) não se consideram representados por seus governantes. O que dizem os movimentos antiglobalização, portanto, é que essa democracia, embora necessária para a maioria, é insuficiente aqui e agora."

Manuel Castells, tradução de Sergio Molina, in Mais! - Folha de São Paulo, 27/01/2002


Nossa Contituição (a última, de 1988) torna possível, e até mesmo encoraja, através de diversos mecanismos, uma maior participação da população nas decisões dos poderes Legislativo, executivo e até mesmo Judiciário. Isso se dá através da criação de Conselhos, cujos participantes são a prórpia população, que têm poder de fiscalizar e sugerir mudanças nesses Poderes.

Aparentemente, é uma ótima inicativa, e os constituintes estavam certos ao tornar possível tal tipo de controle da população sobre seus representantes. O único problema, ao que me parece, é que isso também se torna mais uma obrigação, um fardo do povo. Se já somos obrigados a escolher nossos representantes do Legislativo e Executivo, se confiamos a essas pessoas o poder de decidir o rumo do país (e portanto, em certo grau, de nossas próprias vidas) provemos a elas salários mais do que condizentes a tal responsabilidade, porque ainda temos de ser intimados a fiscalizar o trabalho que fazem?

O povo brasileiro, na sua maioria, trabalha no mínimo 8 horas por dia para ganhar muito, muito menos que os políticos e ao mesmo tempo são os impostos (diretos e indiretos) que pagam responsáveis pelos altos salários pagos nas esferas do poder. E além de trabalhar para pagar pela representação, além de confiar (quase cegamente) nessa representação, ainda se espera que o povo fiscalize constantemente seus representantes. Porque é pela não fiscalização, por não exercer plenamente seu direito de cidadania que o povo é enganado por políticos corruptos.

Essa é uma forma de entender o problema da corrupção no país. Uma forma canalha que, assim como tem sido feito com a atual epidemia de dengue, joga toda a culpa no povo. É o povo que não se utiliza dos meios de fiscalização que lhe foram dados, é o povo que mantém água parada em casa.

É claro que todos nós temos uma parcela de culpa. O país é o seu povo, manipulado ou não, é o povo que faz o país, não o contrário. Mas não se pode querer exigir demais das pessoas. É demagogia barata esperar que um povo mal instruído (talvez até mal educado), que tem de se virar como pode para conseguir sobreviver com o mínimo resquício de dignidade, ainda encontre tempo para se preocupar com o que os governantes fazem ou deixam de fazer em seu nome. As pessoas realmente acreditam que ao votar estão confiando seu futuro a alguém mais capacitado que elas (e talvez aí resida o porque das constantes derrotas de Lula, o povo quer gente que pareça mais inteligente que ele, não confiamos em nós mesmos!) de forma tal que se os representantes, mais inteligentes, não sabem o que fazer, como essas pessoas "incapacitadas" podem saber?

E assim, a elite dominante continua encontrando formas de fazer o que bem entende, ao mesmo tempo que torna o país mais civilizado e moderno, "para inglês ver".

Não adianta criar leis modernas e justas se o povo não é capaz de entendê-las e utilizá-las...

Uma música para terminar...

Natália
Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá


Vamos falar de pesticidas
E de tragédias radioativas
De doenças incuráveis
Vamos falar de sua vida
Preste atenção ao que eles dizem
Ter esperança é hipocrisia
A felicidade é uma mentira
E a mentira é a salvação
Beba desse sangue imundo
E você conseguirá dinheiro
E quando o circo pega fogo
Somos os animais na jaula
Mas você só quer algodão-doce
Não confunda ética com éter
Quando penso em você eu tenho febre
Mas quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Mas quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
É complicado estar só
Quem está sozinho que o diga
Quando a tristeza é sempre o ponto de partida
Quanto tudo é solidão
É preciso acreditar num novo dia
Na nossa grande geração perdida
Nos meninos e meninas
Nos trevos de quatro folhas
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza
Mas estamos vivos ainda
E quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você