Quase Famosos/ Almost Famous
Faz quase um ano que assisti esse filme. Agora me vejo lendo o roteiro (cortesia da Cecília) e é incrível como as cenas aparecem em minha mente. Cenas e emoções, pois Quase Famosos é um filme emocionante! É difícil imaginar que alguém criado no mundo ocidental dos últimos 50 anos, assimilando a cultura pop, o rock, ou mesmo simplesmente alguém que tem um ideal de vida não consiga se emocionar com a história do garoto de 11 anos que encontra o sentido de sua vida (que seria ser jornalista, escrever e viver música, mais especificamente, rock) ao seguir o conselho da irmã e ouvir o album Tommy (a ópera rock do The Who) com uma vela acesa.
Ah, sim! O filme se passa no início dos anos 70. Claro! Quando mais, no século XX, poderia ser contada uma história romântica sobre seguir seus ideais? De alguma forma o mundo era mais inocente e receptivo naquela época. Não era perfeito, mas era mais fácil acreditar que ele poderia vir a ser perfeito. E assistindo "Quase Famosos" você tem certeza disso.
Mas não é só o roteiro que faz dele um dos melhores filmes de 2001. A direção, de Cameron Crowe (assim como o roteiro, que é "ligeiramente" autobiográfico), consegue tirar nostalgia e poesia de cada cena. Não há desperdício no filme, tudo é importante. As cenas de shows parecem transpor para fora da tela a energia de se estar realmente lá. A trilha sonora, bem, veja e ouça o filme! É uma pequena aula sobre rock and roll!
Ao lado de "Velvet Goldmine" este é um filme que retrata uma época, sem ser datado. Fala diretamente ao coração de todos que são capazes de acreditar que música, palavras, imagens são capazes de mudar o curso de uma vida e até da história do mundo. Se para você a vida se resume a trabalho, produção, resultados concretos, talvez você não entenda nada. Mas mesmo assim, dê-se a chance de descobrir a magia contida num show de rock, ou pelo menos num pequeno grande filme sobre rock'n roll, ideais, sonhos e vida.
"It's all happening!"
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