sexta-feira, março 29, 2002

Já não vale como notícia, pois já está velha, mas eu quero que conste aqui...

Morreu, na quarta-feira (27/032002) Billy Wilder um dos grandes diretores norte-americanos, conhecido principalmente por suas comédias extremamente críticas. Dentre seus filmes mais conhecidos estão "Se Meu Apartamento Falasse", "Crepúsculo dos Deuses" (esse uma crítica à Hollywood), "O Pecado Mora ao Lado" (aquele da cena clássica da saia esvoaçante de Marilyn Monroe).

quinta-feira, março 28, 2002

É o avesso da infância, em que as novidades são domesticadas para construir um mundo que será familiar. Na demência, esse mundo é progressivamente desfeito. O horror final é a perda da sensação de nossa continuidade: normalmente, apesar da variedade de nossos atos e de nossas emoções, acreditamos que somos sempre a mesma pessoa. Ora, um sujeito, no meio da noite, parado diante da geladeira, pergunta-se porque veio até ali; ele não se reconhece mais, aquele que acordou não é o mesmo que chegou à cozinha. A depressão acompanha quase sempre a perda de memória: o sujeito faz luto de si mesmo.

Contardo Calligaris, em sua coluna de hoje na Folha Ilustrada, sobre o mal de Alzheimer.

Segundo o pouco de Psicologia que aprendi na faculdade de Medicina, vertentes da psicologia, dentre elas a de Vigostky, explicam que construímos nossa personalidade a todo momento. Existe uma base da pessoa que somos, mas as variáveis são muitas e podem ser modificadas a cada momento, de acordo com a situação que vivenciamos. Somos atores que se adaptam ao que a cena que se desenrola a nossa frente exige. Não é uma questão de sermos volúveis, de não termos personalidade, mas sim de sabermos nos adequar ao meio, de manter a homeostase interna e externa. Entrar em equilíbrio, o que no fundo parece ser o que norteia tudo e todos no universo...

No nosso caso, seres humanos, esse equilíbrio psíquico necessita de ferramentas básicas para acontecer. Precisamos captar as informações do meio ambiente, processá-las e compará-las com as outras informções que temos para formar nosso juízo e assim decidirmos como agir. Essas informações guardadas, nossas memórias, são portanto cruciais para que sejamos as pessoas que somos. A partir do momento em que não podemos comparar informações, não sabemos que fomos, mal sabemos que somos e menos ainda sabemos quem devemos ser.

A sensação deve ser semelhante à angústia que sentimos diante de uma página em branco, quando a inspiração ainda não chegou: sabemos que devemos escrever algo, sabemos até que somos capazes disso, mas naquele momento não fazemos idéia de como fazê-lo...

terça-feira, março 26, 2002

Achei esse teste a partir do blog da Clarissa, quase minha chará! ;)


Which HP Kid Are You?


:) Um dia, quando tinha a idade dela nos livros, eu realmente fui parecida com a Hermione... :)

segunda-feira, março 25, 2002

Desabafo...

Cresci assistindo filmes. Em parte porque não saia muito para brincar, era um tanto quieta, porque meu pai sempre gostou de cinema e também porque sempre entendi aquela linguagem. Os filmes são parte da minha vida, sem dúvida nenhuma. Assim como livros e música, mas um pouco mais que eles. Me interessei mais pelos livros por causa de um filme, A História Sem Fim, assistido ainda bem nova por volta dos 5, 6 anos. Descobri um dos meus estilos musicais favoritos (o jazz americano e seus standards de Cole Porter, Gershwing e Berlin, entre outros) graças aos musicais, e até hoje, boa parte da minha coleção de cds é composta de trilhas sonoras.

É por isso que mesmo sabendo que o OSCAR é uma premiação da indústria cinematográfica americana, destinado a reconhecer aqueles que, mantendo-se de preferência dentro dos padrões dessa indústria, conseguiram destaque no ano e ajudaram dessa forma a manter a produção, mesmo sabendo disso tudo eu ainda assisto a cerimônia, torcendo por algum filme em particular. E ainda fico desapontada quando o filme não ganha.

Hoje de madrugada fiquei mais desapontada que de costume. A premiação de Ron Howard e seu Uma Mente Brilhante foi uma das mais burocráticas dos últimos anos. Num ano com filmes como O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel e Moulin Rouge, que além de serem importantes para a tal "indústria", pois arrecadaram muito dinheiro nas bilheterias (Moulin Rouge fez sucesso no exterior, mesmo que nem tanto nos EUA), são também artisticamente importantes, por serem filmes de autores, marcantes e que podem ditar mudanças de estilo. Num ano como este a academia prefere premiar um filme feito tão somente para ganhar o prêmio, que, se aparentemente não tem grandes defeitos, também não tem grandes méritos, não causa grandes emoções e será lembrado no futuro como "o filme em que Russel Crowe faz o matemático esquizofrênico".

Será que alguém vai lembrar de Moulin Rouge como "o filme em Nicole Kidman e Ewan McGregor cantam" ou de SDA como "o filme de magos, elfos, anões e homenzinhos de pé grande"??? Sinceramente, eu acho que não. Mesmo quem não gostou destes dois filmes, quem viu defeitos e criticou, vai lembrar muito bem deles pois, você pode gostar ou não, mas não pode negar que não são filmes descartáveis. Mesmo Gosford Park marca mais, com sua crítica à sociedade inglesa em decadência dos anos 20, com sua direção segura de Robert Altman (que merecia o OSCAR por esse trabalho e por todos os outros que não ganhou, como Short Cuts) e suas ótimas atuações. Não posso falar de Entre Quatro paredes pois não assisti.

Enfim, fiquei decepcionada com o resultado das premiações, por mais que já esperasse tal resultado. Interessante foi notar que na mesma noite, pouco antes da premiação do modelo formal de filme americano, Robert Redford recebeu sua homenagem com um belo discurso sobre liberdade e criatividade, sobre como é importante, para a própria indústria cinematográfica americana, estimular a criatividade e a arte em seus filmes, ou deveria dizer, "produtos"? A Academia reconhece a importância do Sundance Festival, dá a Redford a chance de falar o que pensa e fazer críticas, em tom suave, mas ainda sim críticas, mas no final nega isso tudo...

Pelo menos Denzel Washington teve seu merecido reconhecimento. Apesar de que me pareceu bastante discriminatório que no mesmo ano em que Sidney Poitier recebe uma homenagem dois atores negros ganham os OSCARs de ator e atriz principal. Mesmo merecendo a impressão que fica é a de que ganharam por serem bons atores negros quando na verdade devem ser vistos tão somente como bons atores...

E Pearl Harbor, um dos piores filmes de 2001, ganhou um OSCAR! Merecido até, pois os efeitos sonoros são muito bons, mas não deixa de ser engraçado.

E Randy Newman ganhou com a engraçadinha If I didn’t have you de Monstros S.A. num ano em que havia Sting com Until e Paul McCartney com Vanilla Sky concorrendo. E ainda a bela (e élfica, como diz meu irmão) May it be da Enya.

E no fim, fiquei acordada até de madrugada assistindo uma cerimônia séria (ficou claro como 11 de setembro ainda está vivo na memória americana), cujo momento mais divertido foi a bela apresentação do Cirque du Soleil. Bem, teve ainda o Wood Allen e o lindo, jovem e talentoso casal Ryan Phillippe e Reese Witherspoon.

E o que ficou foi a decepção final...

domingo, março 24, 2002

Só para constar: torço por O Senhor dos Anéis!!!
Não chega a ser uma carta aberta, mas...

Um amigo reclamou os direitos sobre a frase "um filme que te faz sair do cinema se sentindo bem", que eu usei ao escrever minha opinião sobre O fabuloso Destino de Amélie Poulan.

Não foi um roubo de idéia premeditado, realmente escrevi sem me dar conta de que usava algo dito por outra pessoa.

De qualquer forma foi um erro e faço agora público meu pedido de desculpas!!

E reescrevo a passagem, da forma que deveria ter sido: "e é também um filme que, como bem disse um amigo, te faz sair do cinema se sentindo bem."
É a primeira vez que consigo colocar uma imagem, que não de teste, aqui!! :)

Só espero que as oragizações Globo e o senhor Roberto Marinho não se importem... ;-)


O Globo on line está fazendo uma pesquisa sobre a imagem mais marcante do verão carioca.

Que me desculpem Roger Waters e a Mangueira, mas os golfinhos foram perfeitos ao virem fechar o verão.

(As outras opções eram impensáveis, principalmente a luta contra a Dengue, que só serviu de tema oportunista para o RJTV.)
Uhu!! Sempre foi minha favorita!!!

Rogue
I'm Rogue
What X-Men Character are You?
Well Ah do declare, Sugah! Looks like you're everyone's favourite Southern Belle: Rogue. You're beautiful, charming and tough as nails, but you've got a romantic streak as wide as the white in your hair. Yup, it appears you've got it all, except for the fact that you have to keep people at arm's length all the time and then angst about it incessantly.


Quem me dera ser como ela e ter o Gambit apaixonado por mim... :)
Como diz o exquisite, se todos fossem no mundo iguais a isso aqui...

Quem sabe eu aprendo a escrever um blog...