Querido diário...
Mudanças às vezes são difíceis. E algumas pessoas são especialmente sensíveis a elas.
Não que não desejemos (sim, eu estou entre essas pessoas) ou sonhemos com mudanças, mas quando nos vemos tendo de lidar com elas nos perguntamos se não seria melhor continuar como antes. Claro que isso não vale para situações insuportáveis, mas para aqueles momentos em que as mudanças se impõem pelo simples fato de que a vida tem de seguir seu curso e nós temos de passar por novos desafios para crescermos.
O fato de ter plena noção disso não torna menos doloroso o meu processo de despreendimento da faculdade. O fato de ter encontrado dois grandes mestres próximo do final dificulta ainda mais. O fato de ter encotrado um sentido só ágora também não ajuda. Não é não me sinta pronta, até porque, de qualquer forma ainda terei mais dois anos de residência (se passar...), simplesmente é triste partir.
Sempre foi. Fins de ano sempre foram tristes. Aniversários nunca foram muito alegres.
Enfim, eu nunca soube lidar muito bem com os finais (até mesmo de livros e filmes). É fácil quando as coisas ocorrem de forma gradativa, mas quando tem de haver uma ruptura brusca sempre há um momento de tristeza.
E na verdade esse é até um momento adiantado (só me formo em setembro) por outros fatores (me vejo tendo de acompanhar, por interesse meu, o serviço de outra faculdade). Quem sabe assim, pelo menos, no final será menos difícil.
(Tudo seria mais fácil se houvesse residência de psiquiatria na UFF...)
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