domingo, junho 06, 2004

Algumas pessoas, amigos de mais tempo, têm perguntado pelas minhas palavras escritas, pelos comentários de filmes e até pelo blog (os poucos que conhecem). E eu tenho me perguntado sobre voltar a escrever.

Preciso.

Mas parece que não consigo.

O tempo falta. Ou talvez não, talvez falte algum ânimo, a disposição para saber abrir mão de algumas coisas (horas de sono?) por outras. Ou falte organização (talvez devesse contrar um consultor para dar jeito na minha vida... E não necessariamente isso ocorreria por causa da consultoria... ;) ). Só sei que quero escrever e não escrevo.

Mas talvez esteja vivendo um pouquinho mais. Esteja coletando dados para escrever alguma coisa. Como se realmente fosse escrever "alguma coisa". Só um blog que tem se transformado em diário on line (coisa que nunca quis).

E coletar dados não é a forma correta de expressar o que faço. Acho que tenho jogado os dados ou vivido o jogo de dados (ainda tenho alguma dúvida com relação ao destino aleatório ou não, por nossa conta ou não). Ganhando, perdendo, empatando. Mas jogando.

E vivendo as minhas próprias teorias. Como a dos "três lados" de qualquer situação. Descubro que sou a pessoa que um dia quis ser, mas que hoje talvez eu queira, e seja, alguma outra pessoa. Ou melhor, que sou todas, ainda que só eu (é, sem multiplas personalidades, felizmente).

Para constar, algo que deveria ter constado no início do ano: Encontros e Desencontros (Lost in Translation), belo filme de Sofia Coppola ("As Virgens Suicidas", também ótimo, sendo que um pouco mais agressivo e um pouquinho menos belo) com um Bill Murray mais que perfeito e uma Scarlet Johasson encantadora na simplicidade. Filme para rir, chorar, lembrar, cantar, pensar e acreditar, que, apesar do mundo não ser perfetio, alguns momentos o são. E se tudo mais não valesse à pena, e até que vale, esse momentos (fugidios como disseram na Contra Campo) já fariam tudo, tudo, valer.

Dois blogs de amigos: Je Suis Abacaxi (esse pouco atualizado, mas vale à pena o que já há escrito) e La Vie en Blues (este para ler sempre).

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