sexta-feira, agosto 20, 2004

Quero escrever, mas não sei sobre o que fazê-lo. Falta inspiração. Na verdade não. No momento estou inspirando e expirando normalmente, significa que estou viva. Mas talvez não minhas idéias, a elas falta inspiração, movimento. Pode ser que o sono também não ajude a manifestação das idéias. Ou pode ser a falta simples e pura de idéias. O que significaria que fiz a escolha certa ao pensar que não poderia ser jornalista e assim acabando como médica. Mas quem disse que jornalistas têm idéias?? De qualquer forma, eu queria mesmo era ter idéias e saber escrevê-las. Ou ainda, filmá-las, trasnformá-las em imagens. E assim emocionar, divertir e, quem sabe, fazer pensar (o que quer que fosse e não o que eu quisesse). Queria para mim um pouquinho desse dom que me fascina cada vez que leio ou que vejo um determinado filme ou ouço uma determinada música. O dom de fazer a diferença para outras pessoas através de algo que não é direto (não é curar ou aliviar a dor), mas que é a capacidade de transmitir uma determinada apreciação do mundo, uma beleza que faz com que um outro pense. Não no que aquela primeira pessoa tinha em mente no momento de construir a obra, mas pensar no que quer que tenha relevancia para quem tem contato com aquela construção do autor. E fazer as pessoas pensarem, seja no que for mesmo que seja a identificação emotiva, é um grande mérito. Coisas possíveis através do belo e do sublime.

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