terça-feira, junho 20, 2006

Eu, você e todos nós
ou "... danço eu, dança você, na dança da solidão."
Esses pequenos filmes independentes americanos...
São eles, ao lado dos grandes "filmes de verão" e épicos (sim, estes ainda existem) que fazem o dito cinema americano. Este "Eu, você e todos nós", da artista Miranda July é um pequeno filme independente. É um filme sobre solidão. E sobre a busca humana para mitigar essa solidão. Essa busca que por vezes parece sem sentido, sem fim, que se faz compreender apenas naqueles momentos em que um toque, uma presença, um saber que o outro está realmente junto, ainda que geograficamente distante, esses momentos permitem que não nos sintamos sós no mundo. Momentos que são eternos enquanto duram. Quisera ter essa eternidade para sempre...
Filme que também mostra algumas pequenas sordidezes humanas, que se fazem menos sórdidas quando colocadas nesse contexto humano de necessidade e busca. Coisa que lembra Todd Solondz, mas com uma visão mais carinhosa que a dele.
Pequeno belo filme.
Como ainda não tem crítica da Contracampo, deixo a da Folha.

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