domingo, agosto 24, 2008

O fim do Jogos Olímpicos de Pequim 2008

Eu gosto de teorias da conspiração. Li há não muito tempo o que chamo de "trilogia do futuro presente": Admirável Mundo Novo (nosso mundo neo-liberal-capitalista?), 1984 (o mundo socialista-totalitário: a China? Só que mais colorida que a Eurasia) e A Revolução dos Bichos (a alegoria do princípio). Vi as Olimpíadas de Pequim me perguntando sobre quem são aquelas pessoas. Até que ponto uma sociedade de regras culturais e morais diferentes (como todo o oriente em comparação com o ocidente, e vice-versa) ou uma sociedade controlalada, de formas diretas e indiretas.
Mas não sou eu também controlada, só que apenas pela forma indireta, pela mídia e sua manipulação de pensamentos e sentimentos? Esse poder midiático não faz parte também de nosso mundo ocidental neo-liberal?
Qual será então a diferença? Servir ao Partido e servir ao Mercado? Acreditar na democracia ou no poder do povo? Uma democracia corrupta ou um poder do povo burocrático? Liberdade de sonhar com conquitas individuais ou garantia de um mínimo de conquistas na coletividade?
Eu escolho a liberdade, ainda que sabendo que essa escolha nada tem de inocente ou genuína. Ela é fruto dos meus referências ocidentais.
Não somos livres de princípio, somos fruto de desejos de nossos pais e sujeitos assujeitados da cultura, a qual é uma construção humana. Mas também assujeitados a algo que escapa ao humano (Real, Inconsciente, Deus, Destino, Natureza, outros...).
Isso que escapa é matéria de sonhos (de superação), de arte, do que fascina e incomoda (aqui me lembro do Coringa de Heather Ledge, o incomodo que surge em meio ao que poderia ser apenas banal, entreterniment). E também dos lapsos, dos chistes, dos erros que não se explicam (a queda de Diego Hipólito...), da agressividade que transformamos em esporte, em competição.
Seja qual for o tipo de controle (no final sempre relacionado ao dinheiro e ao poder), há de haver algo que escape enquanto aqui existam humanos. Eu gosto de chamar isso de liberdade, mas há outros nomes possíveis.

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