domingo, janeiro 20, 2002

Amor tem a ver com respeito, com aceitar o outro. Se você quer mudar um monte de coisas na pessoa que julga amar, será que você realmente ama essa pessoa ou o ideal que criou em torno dela? É a velha lenda grega do Pigmaleão, transfomada na ótima peça de Bernard Shaw. E depois no musical "My Fair Lady", que é delicioso, mas engana no final. Na peça (assim como na mitologia) o criador (Professor Henry Higgings) não tem um final feliz com sua criação (Eliza Doolittle). O filme engana exatamente por deixar em aberto que o final feliz do casal acontece. Na edição do texto da peça que li, havia uma explicação ao final, do porque eles não poderiam viver juntos. Sendo a criação de Higgins, Eliza era demasiado parecida com ele, era uma relação que não traria nada de novo a nenhum dos dois.

E relacionamentos existem para que possamos aprender através do contato com o outro! Por isso não existe razão para relacionamento onde só se visa transformar o outro num reflexo de você mesmo.

Essa música dos Paralamas fala disso, de uma forma leve e com uma melodia animada!

Seja Você
Paralamas do Sucesso

Vai sempre ter alguém
Com mais dinheiro, mais respeito
Mais ou menos tudo o que se pode ter
Vai sempre sobrar, faltar
Alguma coisa, somos imperfeitos
E o que falta cega p'ro que já se tem

Eu não te completo
Você não me basta
Mas é lindo o gesto de se oferecer

O que eu quero nem sempre eu preciso
Mas dê um sorriso quando me entender
Seja você
Seja só você


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