O Mago, da Torre do Mago (claro!), fez um comentário sobre o Rock In Rio, o primeirão, aquele que deu origem a todos os outros.
Então, em pleno domingo de carnaval, eu me senti inspirada (?) a escrever algo sobre a celebração do rock.
Que a vida começasse agora
Que o mundo fosse nosso outra vez
Que a gente não parasse mais de cantar
De sonhar
De viver
Eu tinha meros 5 anos quando ele aconteceu e o máximo que fiz foi ver alguma coisa pela tv (o show da Rita Lee eu vi mesmo, adorava ela, por sinal depois do álbum "Aqui, ali, em qualquer lugar" eu voltei adorá-la muito). Mas existem imagens do Rock In Rio que ficaram para sempre e são a prova do quanto aquele projeto foi, e ainda é, importante.
Quem nunca viu (e ouviu) Freddie Mercury cantando "Love of my life" com o coro de milhares de pessoas, afinadíssimas e sabendo a letra (mesmo sendo brasilerios!). A surpresa do cantor é visível, assim como ocorreu na terceira edição, com um simpátissíssimo Mike Stipe e seus companheiros de R.EM.
Quem não conhece a história de como o festival ajudou James Taylor a reerguer sua carreira, e mesmo sua vida? A música "Only a Dream in Rio" fala sobre isso poeticamente e as imagens do show mostram a emoção do trovador ao se deparar com a mutidão, num país no qual ele talvez nem soubesse que as pessoas conheciam (e apreciavam) sua música. No ano passado, um dos momentos mais emocionantes foi exatamente a apresentação de James Taylor. Mesmo não tendo estado lá da primeira vez eu conhecia a história, quase lenda, e foi maravilhoso poder ver o "homem da lenda" lá,num ótimo show, que mostrou como ele realmente deu a volta por cima.
Sem dúvida, o primeiro festival deixou histórias, lendas, músicas que vão ficar para sempre. Foi o nosso Woodstock, sem dúvida. Mas o que de melhor ele deixou foi a possibilidade de que outros shows semelhantes pudessem acontecer. Ele mostrou para o mundo que no país do carnaval também existe gente que adora rock'n roll. As bandas passaram a se lembrar de nós em suas turnes (isso pouco acontecia antes de janeiro de 1985). E o Rock In Rio 3 foi uma confirmação de tudo isso. Foi um momento mágico para quem estava lá, assim como o primeiro foi. Não teve a importância histórica do primeiro, claro que não. Mas teve importância na vida de cada pessoa que esteve lá, pulando e cantando rock'n roll, sem preocupações, olhando para o lindo céu de janeiro, para os morros verdes da Barra e realmente acreditando, naqueles momentos, num mundo melhor!
Foi sensacional!!!
Ah! E nesse meio tempo entre 1985 e 2001 teve o Rock In Rio 2, que foi legal, mas pareceu mais um Hollywood Rock com mais bandas. Há algo de místico na Barra (não, não é que adore a Barra, mas nesse caso é diferente), pelo menos em relação ao rock. A Cidade do Rock tem energia, de verdade!
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