quinta-feira, março 17, 2005

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

Futuros Amantes, Chico


É possível que essa música já tenha aparecido nesse espaço virtual. É linda, simples (pelo menos aparentemente) e bela. E faz tanto sentido (de tantads e tantas formas) que lembrei dela uma vez ao ver, de Niterói, o Rio coberto de nuvens. Melhor dizendo, não vi o Rio, só vi nuvens e chuva. Imaginei (e cantei) uma cidade submersa...

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